Por amor 3

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╰─►⸙͎ Reencontro


Acordo com minha cabeça latejando, a dor pulsando como se meu crânio estivesse sendo espremido

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Acordo com minha cabeça latejando, a dor pulsando como se meu crânio estivesse sendo espremido. O hospital ao meu redor parece frio e distante. Olho em volta, notando que König não está aqui.

Através da janela, vejo que é noite. O céu escuro e estrelado. O pior já passou, meu corpo final já não parece tão fraco. Baixei o olhar e percebi que as agulhas no meu braço tinham sido retiradas. Aproveitei o momento e me levantei com cuidado, mordendo o lábio ao sentir uma dor leve. Antes que eu pudesse dar o próximo passo, uma voz grave ecoa no quarto.

— Aonde pensa que vai? — Uma voz percorre meus ouvidos me fazendo paralisar imediatamente.

Meus músculos congelam, sinto o medo percorrendo cada célula do meu corpo

Olho para o lado e vejo um homem parado na porta. Ele veste uma farda militar, mas não é König. Esse cara é diferente. Era forte e alto, com uma expressão que exala tédio e  crueldade. O olhar dele queima sobre mim com malícia, eu sinto cada gota de perigo que emana da sua presença.

Engulo em seco e recuo, de repente ele avança num piscar de olhos. Meu coração martela contra o peito e o pânico começou a tomar conta de mim.

— Senhor, eu só... — As palavras saem trêmulas.

— Fica quieta. — A ordem vem acompanhada de um aperto violento no meu braço, sua mão agarrando bruscamente minha carne.

Meus olhos se arregalam, uma onda de desespero explode dentro de mim. Tento empurrar ele mas ele é rápido, suas mãos prendem meus pulsos com uma força agressiva, bloqueando qualquer movimento meu.

— Oque faz aqui? — Ele pergunta se aproximando, o rosto ficando tão perto do meu que sinto o hálito quente e insuportável de álcool bater no meu rosto. Eu me encolho por dentro, o cheiro é nauseante.

— Me responde, sua vagabunda! — Ele rosna, apertando meus pulsos com tanta força que parece que meus ossos vão quebrar

— Me solta! — Grito, mais desesperada do que nunca. Minha voz sai alta esperando que alguém me ouça

— Shhh! — Ele agarra minha bochecha com brutalidade, os dedos afundando na minha pele. — Cala boca, porra!

De repente, o som de algo sendo engatilhado corta o ar, vindo de trás dele. Meu corpo inteiro treme junto com meu olhar subindo lentamente, passando pela sombra enorme que se forma atrás do homem. Uma sensação gélida percorre minha espinha me paralisando.

— Solta ela. — A voz familiar é grave e implacável, ecoando pelo quarto. O homem se vira devagar com os olhos arregalados e o corpo paralisado, como se soubesse exatamente quem está ali atrás. O homem ficou pálido no mesmo momento que se vira.

Darkness - Tenente RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora