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O mundo girava como se alguém tivesse dado um tapa na minha cabeça fora de foco. Cada passo que eu tentava dar sozinha parecia errado, o chão estava longe. O braço dele me segurava, puxando com força suficiente pra manter de pé sem machucar. O peso do antebraço no meu ombro praticamente me obrigava a continuar, mesmo quando meu corpo ameaçava fraquejar.
A outra mão estava na cintura guiando a caminhada. Não era delicado.
— Aguenta aí, quase lá. — Disse me puxando para perto.
Eu só conseguia soltar pequenos resmungos, meu corpo parecia pesado demais pra responder como deveria. O ar entra rasgando nos pulmões, meus passos descoordenados deixava a visão apagar por um segundo. A dor era insuportável, porém o orgulho não me deixava admitir.
— Fica comigo, porra. Não apaga agora.
Abri os olhos devagar, a luz do corredor do quartel me cegando assim que tentei focar no caminho a frente. Não era o Ghost que eu conhecia. Não o arrogante, nem distante. Esse parecia preocupado até demais.
— Eu tô... — As palavras são enroladas sem convicção nenhuma.
— Cala a boca. — A resposta foi rápida.
Quem ele pensa que é para me mandar calar a boca? A dor era tanta que nem consegui responder.
Nem consegui processar o que aconteceu, assim que cruzamos a entrada da enfermaria, ele praticamente me arrastou até uma das macas, parecia que não dava a mínima pras enfermeiras que levantaram alarmadas com a nossa chegada. Ghost não esperou. Me ergueu num movimento só e colocou na maca com cuidado.
— Faz alguma coisa! — Ele não estava perguntando, ordenou para uma das mulheres.
— Ghost... — Falo sussurrando fraca, porque é a única coisa que consigo falar enquanto vejo o peito dele subindo e descendo rápido, como se ele fosse um monstro de gelo quebrando. As luzes da sala giram e o zumbido no meu ouvido me deixa mais tonta.
Ele inclinou a cabeça, mas não disse nada. Vejo o seu peito subindo e descendo rápido demais pra alguém que geralmente era uma pedra de gelo. Não parecia o tipo de cara que corre pra uma enfermaria com alguém nos braços. O que ele ainda estava fazendo aqui?
A pressão no peito finalmente foi cedendo um pouco. A sala começou a girar, e as luzes fortes pareciam fazer questão de me deixar ainda mais tonta.
Senti um toque quente na lateral do meu rosto, algo que eu não esperava. Ele tinha acabado de me largar, mas sua mão voltou, deslizando pelo meu maxilar com um cuidado. Fui sozinha até aqui. Não preciso de ninguém, muito menos de Ghost.
Abri os olhos com dificuldade, e Ghost ainda estava aqui, ele se inclinava mais, com os olhos fixos em mim, havia algo estranho.
— Vai ficar bem, ta? — A voz saiu baixa, quase não ouço.