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───────────────────── 🕷️ ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ Servi a comida no prato certificando de que tudo tava do jeito que ela gostava. Não era muito, só algo simples pra evitar que passasse o dia inteiro reclamando.
Entrei no quarto, equilibrando o prato com uma mão e fechando a porta atrás de mim com o pé. Ela tava exatamente onde deixei, toda enfiada no cobertor, mas levantou a cabeça assim que me viu.
— Come. — Coloquei o prato na mesa ao lado da cama, tentando não olhar muito pra ela. Não queria abrir espaço pra mais conversa do que o necessário.
O cobertor foi puxado até o queixo, com um olhar estreito fixado em mim.
— O que foi agora? Tá com essa cara aí desde que saiu.
— Nada. — Soltei a resposta rápido, na esperança de cortar o assunto. Fui direto mexer em qualquer coisa no quarto. Nem lembro o que era, só queria ocupar as mãos. — Come antes que esfrie.
— Tá, mas... — Se ajeitou, sentando na cama e ignorando o prato por enquanto. — O que Soap queria com você? Ouvi do outro lado da porta. Você parecia irritado. — Lançou aquele olhar de quem não ia largar o osso tão fácil
Travo o corpo o bastante para que perceba. Droga. Eu odiava quando ela fazia isso, Óbvio que notaria. Ela tinha esse dom irritante de ler todo gesto meu.
Viro devagar, cruzando os braços, tentando manter a expressão neutra.
— Nada importante. — Menti, seco.
— Simon... — Ela arqueou uma sobrancelha. — Se fosse nada, você não tava com essa cara.
— Deixa isso pra lá. — Cortei, mais firme agora. — Come. Você precisa. — Fechei a cara.
Ela suspirou, pegando o prato com uma expressão de irritação. Ainda não tinha soltado o assunto, dava pra ver nos olhos.
Soap não tinha dito o motivo exato, só o fato de ele querer falar com ela já era suficiente pra mexer comigo. Não sou louco.
Sei que não era nada demais. Quer dizer, sabia? Droga. Nem eu tava convencido disso. Essa porra ficava martelando, cutucando meu cérebro como uma faca que não parava de torcer. Não era ciúme, era? Claro que não. Não fazia sentido os sempre tive controle da situação.
Esperei ela terminar de comer, observá-la comer era uma distração que funcionava mal. Quando colocou o prato de lado, dei um leve tapinha na minha perna e chamei com o dedo, sem mudar minha expressão.
Precisava quebrar aquele silêncio, mas não queria conversa.
— Vem cá.
S/n olha surpresa hesitando.
— Virei cachorra agora?
— Vem logo — Inclinei a cabeça, a vontade foi rir, porém segurei. Inclino a cabeça, mantendo o olhar fixo nela.