Atração Fatal 7

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Me aproximei mais da tela, meus dedos deslizando sobre a superfície fria do computador, como se isso fosse me aproximar dela de alguma forma. Desliguei o computador. Já tinha visto tudo o que precisava, até depois de bater uma, bom pra caralho.

Fui até a janela pegando outro cigarro. Acendi e puxei o primeiro trago, a fumaça se mistura com o ar frio.

Olhei lá pra baixo me distraindo, minha mente continuava voltando pra ela.

Fumei devagar, os pensamentos vagando enquanto o céu escurecia cada vez mais. O barulho da cidade estava lá embaixo. Eu queria que fosse diferente. Queria que ela soubesse.

Foi então que vi o movimento na janela do prédio dela. Ela apareceu de repente, sem perceber que eu estava lá. Estava distraída mexendo em alguma coisa, provavelmente na mesa. Usava um short curto e uma camiseta simples.

Mas quando ela virou, meu olhar ficou fixo. Não usava sutiã. Senti um calor rápido subir pela minha espinha descendo. Até eu sentir minhas malditas calças apertadas.

Suspirei, dando a última tragada no cigarro e jogando fora. Não podia desviar os olhos. Era como se o tempo parasse enquanto ela estava no meu campo de visão.

Estremeci quando ela se virou, dei um passo trás perto da cortina, com medo de ela me ver mesmo na escuridão. Então fechou a cortina. Foi rápido. Sua imagem sumiu. Isso me irritou profundamente.

Eu queria mais. Queria mais tempo.

A raiva se acumula dentro de mim. Não sabia quanto tempo passei observando aquela maldita cortina fechada, mas a frustração estava tomando conta.

Eu estava tão irritado que fechei a janela com força. A raiva me controlava, eu precisava me acalmar antes de fazer qualquer coisa estúpida. Olhei rapidamente para a janela, respirando pesado. O vidro estava intacto.

Tirei as mãos do parapeito, passei a mão no rosto e respirei fundo. Isso estava me consumindo.

Ninguém nunca me disse que tinha que ser calmo o tempo todo. Eu resolvia minhas coisas do meu jeito.

Depois de ser preso por diversos assassinatos, ser chamado de monstro pela mídia e desprezado, mal sabiam que todos que matei, um por um, eram todos homens nojentos, criminosos, eu sabia que tinha feito o mundo um favor ao livrá-lo deles. Eles não eram como eu. Eu não era como eles. Não matei por prazer. Eu nunca fui um assassino.

Prometi à minha garota que nunca mais iria machucar ninguém. Lembrei de cada palavra que disse pra ela, E ela acreditou. Porra, ela acreditou. A culpa estava comigo o tempo todo. A porra do meu trabalho não me deixava outra opção.

Eu precisava proteger ela, mais do que qualquer coisa. Mas pra isso eu teria que me sujar de novo. E teria que fazer coisas que odiava fazer. Voltei com essa justiça depois que fugi do hospital. Não tinha como voltar atrás, mas ela não precisava saber disso.

Darkness - Tenente RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora