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— Sinto muito, Claremont-Diaz, mas com as notícias chegando e as coisas que foram mantidas em segredo, o contrato não se aplica. Contratamos você pelo jogador que pensávamos que você era, e você não é esse jogador.

— Senhor, continuo o mesmo jogador. Só preciso de ajuda com medicamentos e um cronograma mais rígido de exames.

— Sinto muito, Alex, mas levamos coisas assim muito a sério e não apreciamos mentiras. Esta equipe é baseada na confiança e sentimos que você não nos deu isso.

Suspirei e passei a mão pelo cabelo enquanto estava sentado sozinho na sala do treinador. O telefone estava encostado no meu ouvido enquanto eu conversava com uma das muitas pessoas do Bayern München.

— Tudo bem. — suspirei e fechei os olhos. — Entendi.

— Queremos saber se o contrato está cumprido. Enviaremos a notícia, mas seria bom se você mencionasse isso também durante sua coletiva de imprensa. O Sr. Barrett também tem a informação.

Apertei os lábios antes de balançar a cabeça, sentindo o peso do mundo inteiro sobre meus ombros. Eu tinha acabado de perder meu contrato e fiquei vazio. Faltavam apenas duas semanas para o final do acampamento e não tenho contrato, deixando-me desapontar a minha mãe.

— Sim, obrigado por me dar a chance. — murmurei e mordi o interior da minha bochecha.

— Lamento que tenha terminado assim, Alex. Desejo-lhe boa sorte no futuro.

— Obrigado mais uma vez. — falei antes de ouvir a linha do outro lado diminuir, me deixando sozinho com o telefone pressionado no ouvido enquanto ouvia o tom morto.

Fiquei assim por alguns minutos antes de desligar o telefone e encostar a testa na mesa. Eu gemi enquanto batia minha cabeça contra a borda de madeira ao pensar no quanto eu tinha fodido tudo.

Levantei a cabeça quando a porta se abriu, olhando para o treinador que me lançou um olhar astuto.

— Como você está se sentindo, Claremont-Diaz? — ele perguntou e sentou-se em sua cadeira na minha frente.

— Péssimo. —  suspirei honestamente e escondi meu rosto em minhas mãos. — Mas eu previ que isso aconteceria, então não deveria agir assim. É tudo culpa minha, então não tenho o direito de chorar por isso.

— Você tem todo o direito de ficar desapontado, mesmo que você tenha trabalhado nisso sozinho. — o técnico falou e me lançou um olhar tranquilizador. — Apenas saiba que isso não o torna menos jogador.

— Mas acontece. — eu gemi e bati minha cabeça contra a mesa novamente. — Quando eu contar a todos sobre toda essa merda que está acontecendo comigo, ninguém me aceitará. Se um grande clube não me quiser, ninguém, caso contrário, também.

— Se um grande clube não o quer, há vários clubes mais pequenos que estariam mais do que interessados. — disse o treinador.

— Mas não é isso que eu quero. — murmurei.

— Bem, nem todos podemos conseguir o que queremos. — o treinador falou e me lançou um olhar penetrante. — Você tem que começar de algum lugar. Todo mundo precisa trabalhar duro para chegar ao topo, e é a mesma coisa com você. Talvez você precisará trabalhar ainda mais, mas se quiser, você vai conseguir.

— Sim. — eu murmurei e balancei a cabeça, sabendo muito bem que ele estava certo. — Eu sei.

O treinador acenou com a cabeça e estendeu a mão para dar um tapinha no meu ombro antes de olhar para alguns papéis em sua mesa.

roommates » alex & henryOnde histórias criam vida. Descubra agora