Overturn || Rafael Lange/Cellbit

Capitulo 15

Leiam até o final pessoal, beijos!! *-*

Acordo. Me levanto e vou ao banheiro. Faço minhas necessidades e escovo os dentes. Tomo um banho lavando o cabelo. Lavar cabelo enrolado não é fácil mesmo. Depois que termino, vou à escrivaninha e pego meus óculos (foto multimedia), os colocando em seguida. Depois de uns quinze minutos, consigo terminar de pentear o meu cabelo. Respiro.

Às vezes não gosto de ter vindo morar aqui. Amo muito a minha tia, por ter me acolhido e tudo mais, mas me sinto estranha aqui. Sinto que esse não é meu lugar. Sou tímida e não sou de me inturmar, mas aqui fico sozinha sempre. Minha tia tem seu trabalho e tenho que respeitar isso. Me vejo como um fardo em sua vida, que só vim para atrapalhar. Sou muito caseira também, mas hoje estou com vontade de sair, não sei por quê!

Desço e ela não está lá. Sei que todos os dias vão ser assim agora, ainda mais quando voltar as aulas, são três meses de férias. E não sei se vou continuar o último ano do ensino médio, provavelmente sim. Tenho que falar sobre isso com tia Lúcia depois.

Tomo o café da manhã que estava sobre a mesa, leio o jornal que também se encontrava na mesma. Quando termino lavo a louça e subo. Arrumo meu quarto. Dou uma olhada no computador e é isso. Vou ficar o dia inteiro na internet sem fazer nada. Não estou nem aí se isso irá afetar meu cérebro, ou essas coisa, afinal não tenho nada pra fazer mesmo. Cansei de ser a desatualizada do grupo, não sei que grupo, mas é isso mesmo.

[...]

Fiquei a manhã inteira no computador. Pesquisei sobre todos os meninos, seus canais no YouTube, ri bastante, tenho dó dos vizinhos ouvindo a minha risada de foca sendo atropelada por um submarino sem combustível. Pesquisei sobre o site da Lavínia, ele diz sobre alguns looks que ela inventa, sapatos animais, vimes, fotos, e muitas coisas. Levanto da cadeira e olho no relógio que está quase na hora do almoço, vou na janela e abro as cortinas. Vejo que da minha janela dá pra ver a janela da casa vizinha. Ela também estava aberta, tinha uma menina em cima da cama do quarto em que a janela dava. Espera. É a Lavínia. Eu não sabia que era minha vizinha. Ela olha na minha direção, eu aceno. Ela não responde, está chorando. E muito. Pego meu bloco de folhas em que eu desenho de vez em quando, e pergunto "o que foi?". Ela pega uma folha de papel e escreve "nada não". Escrevo de novo " posso ir aí?", não sou muito de fazer amizades, mas meu consciente dizia para ir falar com ela, estava bem mal. Ela escreve de volta, "não quero te incomodar". Essa foi a deixa, eu saí da janela. Fechei a porta da casa e saí. Não LIGO se ela não gosta de mim ou se não quer minha companhia. Mas eu vc em seus olhos que precisava de ajuda.

    Chego no portão da casa, e bato no mesmo, um homem atende, deve ser seu pai. Também não tinha uma boa expressão no rosto.

      - Posso ajudar? - ele pergunta.

      - Desculpe-me, sou Mellany- estendo a mão para comprimentá-lo, ela aperta.- Gostaria de falar com a Lavínia, ela está? -eu sabia que ela estava lá, sou tímida não sem-educação.

     - Está sim, pode entrar.- ele abre passagem e digo obrigada. Quando abre a porta me diz onde é seu quarto. Era uma casa bem bonita, estilo da tia Lúcia, só um pouco diferente. Subo para o quarto da Lavínia, Bato duas vezes, e mais duas. Quando vou bater de novo ela abre olhando para baixo. Levanta seu rosto para me olhar, estava bem inchado, tinha tentando controlar as lágrimas mas quando olha nos meus olhos começa à chorar novamente. Por um impulso ela me abraça, chorando em meu ombro. Retribuo o abraço. Começo à falar para se acalmar. Entro no quarto com ela ainda no meu ombro, fecho a porta. Me sento na cama e ela esconde a cabeça em meu colo.