POV Parceira
Abro os olhos e me espreguiço na cama ainda morna, sentindo o conforto dos lençóis ao meu redor. Tateio ao meu redor e percebo imediatamente que Az não está mais aqui. Uma onda de curiosidade e surpresa misturada com um toque de excitação percorre meu corpo quando ouço o tilintar de louças vindas da cozinha. Ele está preparando o café da manhã, e isso me traz um sorriso ao rosto. Porém me lembro que desde que vim morar aqui ou ele cozinha ou trazemos algo da rua, e ele sempre se precipita para fazermos isso. As inseguranças batendo nas paredes das barreiras dele. Eu o amo, tenho certeza disso e outra certeza que eu tenho é que preciso cozinhar para ele.
Com um sorriso no rosto e o coração mais quentinho me sento na cama analisando o cenário. Me levanto e visto a camisa que ele usava no jantar de ontem e estava largada no chão do quarto. Sigo o som suave dos utensílios, que se tornam mais audíveis conforme desço as escadas. Porém ao passar pelo corredor vejo que a porta que sempre esteve trancada, a qual nunca abri sem permissão, está agora entreaberta. Meu coração começa a bater mais rápido à medida que a curiosidade se transforma em antecipação.
Com passos hesitantes, aproximo-me da porta e a empurro suavemente. Ela range, revelando um ambiente misterioso e intrigante. As paredes são pintadas de preto e lisas, nenhuma decoração além das prateleiras, tudo é iluminado por uma luz suave, baixa que dá um clima de mistério ao lugar. Há móveis luxuosos e uma cama de dossel majestosa no centro do quarto, lençóis vermelhos a cobrem, seda pura noto daqui. Olho para o teto e vejo um tecido descendo desde o teto até a cama, também vermelho.
Meu coração começa a bater mais rápido enquanto observo os detalhes. Correntes, algemas, instrumentos e acessórios cuidadosamente organizados nos móveis e prateleiras. É um quarto que transpira sensualidade, dominação e submissão. Há uma sensação de mistério, mas também de intimidade. Ele guardou isso tudo de mim até agora. Um espaço onde ele guarda seus desejos e fantasias mais profundos.
Meu núcleo se aquece e sinto o meu baixo ventre pulsar. Merda! Eu não deveria estar aqui, ele vai me mostrar quando se sentir à vontade. Tento controlar meus sentimentos e sensações e me viro para a porta. E é aí que meu corpo todo se acende. Ele está parado, encostado no batente da porta, totalmente relaxado, os braços cruzados em frente ao peitoral, apenas com a calça de moletom. Ele me olha como um caçador observa a presa. Aquela visão é o meu inferno astral, tenho certeza! Involuntariamente tento aliviar a tensão entre as minhas pernas ao friccionar minhas coxas uma contra a outra. Ele levanta as sobrancelhas. Eu fui pega no pulo.
-Me desculpe, Mestre. - falo com a voz profunda e muito mais baixa do que imaginei.
O bendito apelido faz seu trabalho, ele dilata as narinas absorvendo o meu cheiro de excitação que até eu aprecio no momento, e joga a cabeça ligeiramente para trás. - Eu não queria ter invadido, mas a porta estava entreaberta e eu fui uma maldita curiosa...
Ele levanta as mãos, me parando. Caminha até estar na minha frente. E me olha de cima com exalando todo o poderio masculino e sensual que possui.
-Não peça desculpas. A porta estava aberta, porque eu pretendia te trazer aqui. Conversar com você sobre isso. - Olho ao redor para tentar me recompor, o que só me prejudica porque meu olhar para em uma venda e, pelos deuses, eu queria que ele a usasse em mim. Sinto o toque do indicador dele conduzindo o meu queixo até que nós estivéssemos nos olhando novamente. Ele respira fundo, reparo na pupila completamente dilatada, na respiração entrecortada, mas ele tenta se conter. - Essa parte da minha vida é complicada. - ele respira fundo. - Às vezes eu tenho gosto peculiares.
-Meu amor. - Agora sou eu que estou tentando me conter, porque a combinação de safado, mas cuidadoso dele bota a minha calcinha em risco. Eu preciso que ele entenda algo aqui. Então dou um passo para trás e começo a desabotoar a camisa lentamente. - Nada em você é complicado o suficiente para mim. Nós somos parceiros, Mestre. - Sei que o apelido tem o mesmo efeito nele que tem em mim. Termino de abrir os botões e deixo a camisa escorrer pelo meu corpo até se amontoar no chão. Meus seios pesam de desejo, ergo os braços até acima da minha cabeça. O olho no fundo da alma. - Me amarre. - Indico o tecido acima da cama com a cabeça.
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Corte de Memórias Perdidas
Fantasy"Cuidar!" "Proteger!" "Ferida!" "Rápido!" As sombras formam um redemoinho ao meu redor, extremamente agitadas, nunca as vi ou senti assim. Agoniadas, quase sinto uma dor física com a bagunça que fazem ao meu redor, me desorientando. ----- Azriel vê...