POV Parceira
Eu e Lucien conversamos por toda a tarde, ele me mostrou o restante do castelo. Até chegarmos à biblioteca e decidirmos ajudar Amren na pesquisa. Até porque a maior interessada no resultado positivo da jornada da pequeno demônio era eu mesma.
Eu fiquei particularmente impressionada com aquela biblioteca. Não era tão extensa como a que fica abaixo da casa do vento, mas ela era com certeza mais velha do que a que temos na noturna. Amren pulava de escada em escada procurando e empilhando livros cada vez mais empoeirados. Alguns eu tinha até medo de abrir e virar pó bem na minha mão.
-Todos são enfeitiçados para não se desfazerem. - Lucien disse quando percebeu meu receio. - O mantra principal da minha família por parte de pai é que conhecimento jamais deve ser perdido. Arrisco dizer que alguns dos livros mais antigos de Prythian estejam aqui. Sob esse teto, gerações de grão-senhores diurnos juraram proteger cada grama de conhecimento. - eu podia sentir orgulho em cada palavra. - Em pensar que Amarantha quase invadiu essa parte do palácio.
-Mas não o fez. A vaca bem que tentou. - a cara de nojo de Amren era evidente. Me lembro das historias que Feyre e Nestha me contaram. Um arrepio percorre o meu corpo. Morta! A maldita está morta!
-O feitiço da verdade a impediu de entrar. - ele me olha antes de explicar - Há muitos anos atrás, um dos meus ancestrais criou um feitiço que permite que apenas aqueles que busquem conhecimento e verdade possam passar por aquelas portas. - ele aponta o portal dourado pelo qual passamos. - É a única forma de entrar ou sair daqui.
Agora com ele falando reparo no meu redor, a biblioteca é imensa, pelo menos 3 andares que eu consegui contar, mas ele tem razão, não existem janelas ou claraboias, apenas estantes e mais estantes espalhadas pelas paredes de baixo a cima.
-Magia torna tudo tão claro e confortável?
-Sim, você pode vir à meia-noite e parecerá que é meio-dia aqui dentro.
-Impressionante!
-Coisa de viciados em trabalho. - Amren fala. - Nada saudável.
-Que você gosta. - a provoco.
-Não posso reclamar. - ela diz levando outra taça de vinho à boca.
-Está tarde, vocês deveriam descansar um pouco antes do jantar.
Amren apenas encara o ruivo e vira a página do livro que tem em mãos, como se fizesse pouco da sugestão. Aquilo me revolta, por mais que eu queira ficar, não vou apenas ignorar Lucien como ela.
-Eu aceito a pausa. - me levanto.
-Te levo até a ala de vocês. - Lucien já oferece o braço para que eu o enlace.
-Não é necessário. Apenas aponte o caminho que eu me viro.
-Não seja mal educada, garota!
-Olha só quem fala! Você nem o respondeu.
-Ele fez uma sugestão. Não me senti obrigada a dar uma resposta.
-Pela Mãe! Vamos embora logo. - Lucien diz já me levando para a porta.
-Porque você age assim? - questiono assim que já estamos longe o suficiente dos ouvidos da filha de Thanatos.
-Assim como?
-Como se a temesse.
-Mas eu a temo. - ele fala tremendo levemente - Ela é o demônio que os pais usam para assustar as crianças levadas.
-Mas ela é apenas um anjo caído.
-Anjo caído ou não, eu tenho medo dela.
-Pois não deveria. - falo tentando encorajá-lo.
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Corte de Memórias Perdidas
Fantasy"Cuidar!" "Proteger!" "Ferida!" "Rápido!" As sombras formam um redemoinho ao meu redor, extremamente agitadas, nunca as vi ou senti assim. Agoniadas, quase sinto uma dor física com a bagunça que fazem ao meu redor, me desorientando. ----- Azriel vê...