CAPITULO 11

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POV Parceira

Eu estou me admirando no espelho. Nuala está ao meu lado também observando a minha imagem.

-Eu estou linda, Nuala. Você tem mãos encantadas.

-Imagine, senhora. A sua beleza já é surreal. Eu só realcei algumas coisinhas.

Me olho de novo. O vestido azul cobalto fluido e levemente transparente cobre o meu corpo. A renda trançada na região da cintura dá forma ao meu corpo. O decote de um v profundo acentua ainda mais o meu colo e a fenda na perna direita dá um toque sexy, mas na medida certa. Quando Mor sugeriu que eu experimentasse o vestido ontem à tarde junto às meninas eu quase tive uma parada cardíaca de tão lindo que ele era.

-Destrua alguns corações, senhora. - a espectro fala desaparecendo porta afora.

Respiro fundo, dou uma última olhada no espelho e saio em direção à varanda da sala de jantar da casa dos ventos. Ainda no corredor de acesso, vejo que os grão-senhores e Az estão conversando, possivelmente alinhando sobre como proceder na Corte Diurna. Nestha me tranquilizou ontem e disse que tudo lá é tão informal quanto aqui, o que me deixou um pouco mais confortável, tenho que admitir.

Assim que me aproximo, como de costume, as sombras de Az vem ao meu encontro, mas algo diferente acontece. Elas me "abraçam" como sempre, mas logo se afastam, mantendo uma distância do meu corpo. As observo com uma cara de interrogação.

"O mestre merece vê-la por completo, princesa" Eu as ouvi?

Choque me percorre, mas logo sinto algo diferente. O laço queima no meu peito, eu arfo com a sensação. Sinto desejo e uma leve excitação jorrando dali. Olho pra frente e percebo o que está acontecendo,  Azriel parece me devorar com os olhos, ele percorre todo o meu corpo com o olhar, reparo quando ele ajeita a postura e continua a percorrer as minhas curvas até que nossos olhares se encontram. Eu não resisto e dou uma voltinha.

"Gosta do que vê, mestre?"

O sorriso malicioso desponta na face do meu parceiro. Neste momento, tenho certeza que ele gosta do apelido, sinto uma certa presunção escorrer pela nossa ligação. Logo está se movendo na minha direção, mal percebo quando ele chega até a minha frente e me puxa para um abraço. Merda! Assim que nossos corpos se encostam, uma descarga elétrica percorre todo o meu corpo, ele enterra o rosto na curva do meu pescoço, me cheira e deixa um beijo suave ali. Merda, merda, merda! Todos os pelos do meu corpo se arrepiam, eu pressiono minhas coxas uma contra a outra. Sinto o sorrisinho leve nos lábios dele ainda em contato com a minha pele. Meu sangue é puro desejo. O que antes eu sentia vindo do lado dele do laço, agora eu estou enviando para ele.

-Gosto bastante, princesa. - ele sussurra no meu ouvido enquanto aperta a minha cintura. Dou graças aos deuses pelo apoio, pois tenho certeza que caio de cara no chão, se ele me soltar agora. - Você está maravilhosa.

-Não é pra tanto, mestre. - noto como as pupilas dele dilatam e escurecem quando o chamo assim, seus dedos se afundam no tecido do meu vestido em uma pressão levemente dolorosa. Tenho certeza que verei as marcas assim que tirá-lo. O apelido definitivamente mexe com ele. E vou usar isso a meu favor.

Depois de todo o dia de ontem, a ida ao café, os toques, abraços e beijos, eu tenho certeza que vou deixar isso fluir. Se for para ficarmos juntos, que seja. Ele me faz bem, me respeita, me protege, mexe comigo de formas que eu nem consigo descrever. E além de tudo isso é sensível, corajoso, forte e lindo.

-Você está linda, pequena. - e com essa simples frase Feyre rompe a bolha silenciosa que tinha se formado ao nosso redor. Az se afasta, mas reparo quando ele se posiciona às minhas costas. Tenho certeza que se inclinar meu corpo para trás me choco contra o peitoral dele. As sombras permanecem ao nosso entorno, certamente disfarçando o cheiro de excitação que exalamos.

Corte de Memórias PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora