XXXVII

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(S/N P.O.V)

O sol batia contra meu rosto, eu estava saindo da garagem do hospital e entrando no local com forte cheiro de anti-germes, todos os dias eu venho aqui desde que o Pablo se acidentou, eu fico sentada do lado de fora, Josh ficava com ele.

Duas semanas.

Mas hoje é diferente, hoje Josh não veio.

Hoje sou só eu e uma grande pilha de receio que carrego comigo.

Assim que cheguei ao grande corredor dos quartos, vi O senhor Gavira sentado em uma das poltronas que ficavam junto da parede, e lá dentro estava a senhora Gavira, falando com Pablo, junto de Aurora.

Ele olhava pro exterior do quarto e desviava o olhar para o celular de vez enquanto, eu acho que ele saiu a pouco tempo da lá de dentro.

— Olá, senhor... Quanto tempo! - Eu disse, então ele olhou para mim, se levantando com um sorriso largo no rosto.

— Quanto tempo mesmo. Como você está? - ele disse, sugerindo um aperto de mãos e eu aceitei de bom grado, e logo depois ele me abraçou apertado.

— Eu estou... bem. E você? Imagino que não seja a primeira vez que está vindo aqui ver o Pablo. Estão passando uns dias em Barcelona? - Ele me soltou devagar, me olhando nos olhos.

— Sim, por conta de tudo resolvemos ficar alguns dias. Ainda não havíamos nos visto. Veio ver o Pablo, imagino... - ele disse, com um sorriso nos lábios.

— Ah! É... Eu estou vindo a alguns dias, estava trazendo o Josh.

— Mas... o Josh não está aqui, está? - Ele disse, e eu ri

— Não. Hoje eu vim sozinha. Josh esta na escola. — Ele sorriu, assentindo.

— As garotas estão falando com ele agora. Ou melhor, dando um sermão. Coitado..

Eu ri.

— Vou esperar elas terminarem.

Me sentei, e ele ao meu lado, contando sobre oque tem feito nos últimos tempos.

—  Você faz muita falta. Aquela mulher com que o Pablo se envolveu... terrível.

— É... Vocês também fazem falta, muita... — Não comentei sobre Débora.

Ele sorriu.

—  É uma pena. Mas saiba que quando quiser ir lá em casa, levar o Josh, matar a saudade, as portas estarão abertas. — Eu assenti.

Foi quando elas saíram do quarto, sorridentes ao me ver.

Me levantei e Aurora me abraçou apertado.

— Que saudade que eu tava da minhas cunhada! - Eu ri, retribuindo o abraço.

— Solta a minha nora, Aurora! - A mais velha disse, tirando Aurora do abraço e depois me abraçando.

— Que saudade querida...

Eu sorri, em meio aos comprimentos

—  É muito bom revê-las. - Elas assentiram e depois se entreolharam.

— Acho que você já tem planos. —  Aurora disse, sorrindo, abrindo a porta e dando espaço para que eu passasse.

Eu sorri sem graça, murmurando um "obrigado" e entrando logo em seguida.

A maca de Pablo estava curvada, o deixando sentado.

Ele já estava bem melhor do que antes.

Olhei para o lado de fora, os pais de Gavi estavam saindo, foi quando olhei para ele.

Eu Ainda Te Amo - Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora