Eu Ainda Te Amo - Pablo Gavi

XXXXVI

Semanas se passaram desde aquele dia na clínica, e quando abri a porta para Pablo entrar, senti seus lábios tocarem suavemente minha bochecha.

— E e o Josh? — ele questionou, adentrando enquanto eu fechava a porta atrás de nós.

Pablo me ligou e pediu para me ver, eu aceitei. Ele pede pra me ver sempre que pode, mas as vezes enrolo ele.

— Está com o Aidan, eles foram à casa de uns amigos, mas já devem estar voltando —respondi, pensando nos últimos acontecimentos.

— Como assim?— ele perguntou, franzindo o cenho. Virei-me para ele, passando a língua pelos lábios antes de explicar.

— Hoje mais cedo o Aidan tinha um evento com amigos e filhos deles, era aniversário de um deles, ou algo assim. Ele pediu para levar Josh, e eu deixei, não vi problema.

Pablo pareceu refletir por um momento.

— Me parece um evento de pais e filhos— comentou, formando uma carranca

— Sim, algo assim. Mas é descontraído, uma espécie de reunião informal — concordei.

Ele pareceu inquieto por um instante em dizer, mas falou depois de excitar

— Meu filho saiu com Aidan pra um evento de pais e filhos. Eu sou o pai dele, s/n!

Encarei seus olhos cor de mel antes de suspirar.

— Você realmente quer discutir isso agora? Porque eu tenho muito a dizer, se quiser saber!

comentei, e ele pareceu tentar se acalmar.

— Tudo bem. Ok...— ele respondeu, visivelmente tentando manter a calma. — Se é isso que o Josh quer, então está tudo bem. — finalmente cedeu.

Caminhamos até a cozinha, onde me sentei em uma das altas cadeiras do balcão. Pablo sentou-se em frente a mim, com um olhar doce e inocente enquanto tirava o celular do bolso.

— meu jogo é semana que vem, você vai comigo, ok? — ele me mostrou os ingressos do camarote stadium, dois ingressos.

— E lá vamos nós novamente para as páginas de fofocas— lamentei, suspirando.

— Um dia eu vou te assumir novamente, vamos acabar aparecendo nas páginas de fofoca de qualquer maneira. Por favor, amor! — ele exclamou.

Suspirei profundamente.
— Está bem, Pablo, está bem — concordei, revirando os olhos. Estava cansada e estressada com tudo ultimamente.

— O que está acontecendo com você? —ele perguntou, olhando-me de forma inquisitiva.

— Nada. — respondi, afastando-me quando ele se aproximou, me curvando sobre o balcão.

— Você está estressada com algo? — ele insistiu, se movendo em minha direção.

— Não estou estressada com nada, Pablo— respondi, tentando evitar o assunto.

— Mulher chata — ele brincou, e eu revirei os olhos.

—Então vá embora — provoquei, e ele riu, tirando meu cabelo do rosto e colocando-o atrás das minhas costas.

— Eu não vou a lugar nenhum — ele respondeu, beijando meus lábios suavemente.
— Você não vai me dizer por que está tão estressada?—ele perguntou novamente, e eu suspirei, beijando-o e respondendo:

— coisas da vida.

Ele me encarou por debaixo dos cílios me incentivando a falar mais .

— Trabalho, mais trabalho e as coisas cotidianas. Não há motivos específicos, apenas um acumulado de situações que me deixam exausta