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(...)

S/n Clark

Hoje era segunda, e domingo o Gavi não levou o Josh, eu pedi isso, então resolvi deixar o pablo pegar ele na quinta, aí fica certo os dois dias que faltam.

Hoje resolvi ficar com Josh, além da minha profissão de influêncer eu tinha graduação em psicologia, e era dona de um consultório, eu ia umas 3 vezes na semana, ja que tinha outros profissionais, mas só quando queria, era praticamente um hobbie.

Eu estava com Josh no carro, estávamos indo ao parque onde iríamos encontrar seus amiguinhos, em um piquenique.
— Mamãe, o pai vai? -ele diz e eu olho para ele

— Ah filho, eu não o chamei, fiquei meio receosa, talvez ele está ocupado, já que é segunda mas se você quiser eu ligo para ele! -digo e ele assente.

— Quero que o papai venha, quero brincar com ele! -ele diz sorrindo, e percebo como ele se parecia com o gavi pequeno!

—Vamos esperar so chegar na praça, ainda falta meia hora pro horário do piquenique, vim mais cedo para que você aproveite, acho que se ele vir da tempo de chegar antes do piquenique. -falo e ele apenas assente.

Não demorou nem 5 minutos para chegar, desço do carro abrindo a porta para ele e ele desce correndo até os brinquedos, e eu pego meu celular, ligando para Pablo, que não tardou atender.

—Olá amor, esta com saudades e resolveu me ligar né? -ele diz e eu de imediato reviro os olhos

—Não, idiota -falo e ele sorri do outro lado da linha

—Estou na praça, aquela perto da igreja matriz, Joshua quer que você venha, você pode? -pergunto e ele respondeu calmo

— Estou livre até o horário do almoço, posso sim. A igreja matriz  a que  casamos? -ele perguntou e eu podia matá-lo se tivesse a chance.

— Sim Pablo, a que nós casamos! -Ele ri satisfeito quando falo.

— Já chego aí, uns 10 minutos, estou perto -ele diz e eu apenas desligo, indo para o banco observar Joshua.

O tempo passou rápido, e logo Pablo chega, indo em minha direção.
Ele ri e me dá um beijo na bochecha, mas eu limpo

— O que foi? -ele diz rindo

— Nada ué, apenas só recebo beijos de quem eu tenho intimidade! -Digo e ele fita o chão, sem expressão.

— temos intimidade, tanto que temos um filho -ele diz e eu o olho

— É, mas já no separamos a sete meses, as coisas mudam! -eu falo e ele fica cabisbaixo e ele evita me olhar.

— eu não queria te deixar triste mas-  - falo e ele me enterrompe

— Tá tudo bem s/n, como disse, as coisas mudam, e agora eu também vou mudar. -ele diz e minha respiração falha

Eu me sentia muito mal, eu o amava, mas estava confusa. e
Eu tinha tanto medo, acho que foi trauma por tudo que aconteceu, eu não queria prendê-lo, mas também não queria que ele fosse embora, mas eu já tinha até me divorciado, não queria que ele não deixasse de seguir em frente com própria vida, eu estava tão confusa, por que me magoei muito, mas eu o quero de volta, mas tenho medo ainda, e não quero que  ele espere por algo que eu não sei se vou resolver, porra!

Eu tenho que deixá-lo, ele merece ser feliz, e ele não tem culpa da minha mente várzea!

Olho para Pablo que estava com o rosto virado para o parque. Merda, as malditas lágrimas libertaram-se, minhas mãos estavam trêmulas e a falta de ar se tornou presente, tentava disfarçar mas era impossível, coloco minha mãos inquietas sobre minha boca entreaberta e enxugo as lágrimas, sem sucesso, elas voltaram a descer, já me sentia fraca e me levanto, não queria que ninguém percebesse, mas eu estava eu estava  sem forças  e acabo caindo sobre minhas próprias pernas, senti as mãos fortes me tocando, tentando me levantar, mas eu mesmo forço e fico em pé, enxugo as lágrimas disfarçando e minhas mãos aos poucos estavam estáveis, recupero o ar e me sento no banco, não conseguia dizer nada, o mundo estava em silêncio, eu escutava a voz do homem que tanto amo desesperado, tentando me trazer de volta.

— S/n! Por favor responde! -ele grita  em desespero e vejo algumas pessoas se aproximando, ele tinha lágrimas nos olhos e ele não hesitou em deixá-las cair, ele estava muito preocupado

— O-oi -digo fraca e ele me abraça.

As pessoas estavam muito perto, era até meio inconveniente, eu não conseguia ver Josh, queria que elas fossem embora.

— Por favor, ela está melhor, obrigada por se "importarem" mas já podem ir. -ele diz me abraçando mais forte, e eu enterro a minha cabeça em seu pescoço, sentindo seu cheiro, eu parecia uma criança em seus braços, ele beija o topo da minha cabeça e eu olho.

— Desculpa, não queria fazer você passar vegonha -digo e ele coloca a mão no meu rosto e eu me acomodo no banco, saindo do seu abraço e entrelaçando uma de suas mãos na minha.

— Você não fez  ninguém passar vergonha aqui, eu não ligo pro que eles acham, e também não é sua culpa! -e diz e eu comecei a brincar com seus dedos, de vez enquanto olhando para Josh.

Eu não iria mais prendê-lo, tinha que deixá-lo conhecer alguém especial, e eu vou continuar com essa dor, mas ele não tem nada haver com isso!

O piquenique era apenas para as crianças, obviamente. Logo depois fomos a um restaurante, já que Pablo podia ficar mais tempo, não demorou para chegarmos.

Resolvi gravar um story, já que estava sem postar a algumas horas.

— Olá gente, demorei um pouco mas voltei, agora eu estou aqui almoçando - mostro o prato.

—vou deixar a caixinha de perguntas e já começo a responder! -mando um beijo para a câmera e logo posto

—Está uma delícia! -comento e os rapazes assentiram.

—Mamãe, amanhã quero ir no cinema, vai ter  a estreia daquele filme que eu falei, podemos ir? O melhor horário é às oito da manhã! -Josh fala e eu o olho

— Claro filho, esse horário é ótimo, já que amanhã estarei na clínica a tarde.

— Você pode ir papai? -Josh perguntou e logo Pablo ri fraco

— Eu vou treinar esse horário, mas quem sabe outro dia ein? -ele diz e josh fica meio cabisbaixo

— Mãe, quem sabe o tio Aidan pode ir né? -ele fala levando um pouco de comida a boca e vejo Pablo revirar os olhos

— Vamos falar com ele quando  chegarmos em casa - falo e  ele apenas assente animado

— Não sabia que tinha voltado ao consultório - gavi diz e eu o olho

— É, eu vou as vezes, normalmente as terças, quartas e quintas, mas as vezes vou só uma e vez ou nem vou. -digo terminando de comer, ele não disse mais nada e apenas levantou indo pagar a conta.

— Espera, eu ajudo a pagar! -digo baixo quando ele passa por mim

— Não precisa não, já estou indo! -ele diz se distanciando sem deixar eu negar.

(...)

Pablo Gavira

A esteira estava na maior velocidade, aquilo me acalmava, logicamente eu tinha que fazer o treinamento, só arrumei uma maneira de me tranquilizar com aquilo.

Vejo pedri entrar pela porta de vidro e ele acena para mim, eu saio imediatamente da máquina e vou em sua direção

— Eai cara? -falo ofegante

— Oi, me atrasei um pouco -ele diz indo pro campo, e eu o acompanho

— Hoje fui a praça com s/n e josh, e almocei com eles -digo bebendo água

— Que ótimo Pablo, espero que dê certo, quero ver você feliz outra vez. -ele diz aquecendo

Eu resolvi não comentar sobre oque aconteceu na praça agora, depois poderia falar, s/n já se senta mal o suficiente.

Me sento em uma cadeira na brita do campo e pego meu celular, gravando um story simples, apenas uma foto.

Eu Ainda Te Amo - Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora