• Capítulo Noventa-Um - Tem como piorar?

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• ARIANA GRANDE •
— Moscou, Rússia.

Toda aquela conversa com o Justin havia sido bastante reveladora, tanto para mim que agora sabia que ele realmente me amava e o quanto ele estava disposto a lutar por mim e pela Hope. E também para ele que agora finalmente sabia com clareza como eu me sinto.

Admito que eu fiquei feliz em saber que ele não havia desistido de mim, por mais que eu não acreditasse mais em um futuro para nós. Ele havia me prometido que iria lutar e eu acabei por prometer a mim mesma que se ele me mostrasse que a nossa relação valia a pena, eu iria tentar novamente, mesmo que não tenha dito isso a ele.

Contudo, a chegada de Ryan, Emily e o pequeno Dylan o humor da casa mudou e para melhor, felizmente.

— Ele é lindo! — Eu elogio o bebê nos braços da minha melhor amiga. — E você não sabe como é bom te ver.

— Eu estou feliz que você esteja bem, você e a Hope. — Ela tem seus olhos marejados. — Eu nunca duvidei de você, Ari.

— Obrigada, você não sabe o quanto isso é importante para mim.

— E como estão as coisas com ele? — Ela indica o Justin com a cabeça.

Bieber conversa animadamente com o Ryan e Chaz enquanto tem nossa filha em seus braços, parecendo muito orgulhoso.

— Complicadas, eu acho. — Eu ri. — E se não fossem assim, acho que não seria nós dois.

— Acho que no fundo você sabe que ele ama você e jamais machucaria você ou a Hope. — Ela me olha nos olhos. — E acho que parte dele tinha mesmo esperanças de te encontrar aqui grávida ou com um bebê nos braços, tanto que nunca jogou aquela roupinha de bebê que compramos fora.

— Não? — Há surpresa na minha voz.

— Ele sofreu mais do que é capaz de admitir, ficou bêbado todas as noites e só deu continuidade a isso porque era orgulhoso demais e porque o Christian não parava de colocar pilha nele. — Ela suspira. — Acompanhamos de perto o quão destruído ele estava lá.

— Eu estava do mesmo jeito aqui, mas estava tentando proteger a nossa filha dele. — Balanço a cabeça em tom de negação. — Ele matou o Christian quando ele nos atacou, mas ainda não sei como posso perdoar isso.

— Eu acho que quando duas pessoas estão destinadas a ficarem juntas, o destino eventualmente acha um jeito de coloca-las no mesmo caminho. — Ela sorri de canto. — Vocês já estão no mesmo caminho, na mesma casa e na mesma família, talvez só falta arriscar um pouco.

— Eu acho que já me arrisquei demais.

— E o Justin também. — Ela me olha nos olhos. — Talvez vocês só precisem de uma última chance.

— Assim você parece a Angel falando. — Eu ri.

— Falando nisso, como está tudo por aqui? — Ela me olha com atenção. — Eu fiquei sabendo das novidades.

— Angel tem sido uma ótima irmã para mim, me ajudou em todos os momentos da melhor forma que pode, não me deixou desistir e nem parar de lutar. — Eu sorrio, feliz. — Conheci um lado nela nesses últimos meses que eu não havia visto quando ela chegou lá em casa daquela forma.

— Fico feliz por você ter tido alguém, Ari. — Ela sorri, abertamente. — Queria eu ter tido a mesma sorte, eu só tinha o Ryan e o Chaz.

— Garanto que não houve um dia que eu não sentisse a sua falta e que não quisesse que você estivesse aqui, mas isso é passado e não importa mais, porque você está aqui agora e não vou mais deixar a gente se separar!

— Nem eu. — Ela limpa a sua garganta. — E para te mostrar o quanto você é importante para mim, queria te pedir algo.

— O que?

— Queria que você pudesse ser a madrinha do Dylan. — Ela sorri. — Eu nunca considerei alguém diferente!

— Seria o maior prazer! — Eu aceito sem hesitar.

— Espero que saiba que não estou te pedindo isso porque quero que você faça o mesmo, sei que você e a Angel se aproximaram muito nesses últimos meses e vou entender se você quiser que seja ela a madrinha da Hope.

— Emily, ninguém poderia ser a madrinha da minha filha além de você! — Eu garanto a ela. — Angel já é tia da Hope e você é a minha melhor amiga, eu quero confiar em você a vida da minha filha se algo me acontecer.

— Nada vai acontecer! — Ela me olha séria antes de abrir um novo sorriso. — E eu aceito, seria uma honra ser madrinha daquela princesa.

Tudo estava perfeito, a minha melhor amiga agora estava aqui.

— Olá, Ariana! — Ryan se aproxima de nós. — É um prazer te ver de novo.

— Eai, Butler. — Sorrio para ele enquanto ele e os meninos se juntam a nós. — Fiquei sabendo que você é um pai muito babão.

— Não me diga que o Justin está diferente. — Ele ri.

— Infelizmente Ariana não pode dizer isso. — Justin olha para a Hope com ternura. — Minha filha é uma princesa.

— Todo esse papo fofo de vocês me dá vontade de lançar um CPF novo também. — Chaz biquinho.

— Tenho certeza que um dia você vai encontrar alguém que valha a pena, Chaz. — Emily garante ao nosso amigo.

Chaz abre a boca para responder mas se cala no exato momento em que Zokov, Edward e Trevor entram na sala.

— Sei que vocês estão em um clima de reencontro e eu odeio estragar isso. — Zokov suspira. — Mas precisamos conversar.

— O que aconteceu? — Eu quis saber.

Pelo seu tom não podia ser coisa boa e isso me deixou preocupada.

— Fui informado que Jeremy acabou de cruzar a fronteira e ele não está sozinho, ou seja, ele está vindo. — Zokov conta sem rodeios.

— O que? — Justin questiona.

— Ele deve saber que estamos nos reunindo, deve ter controlado os meus movimentos e os da Emily. — Ryan suspira.

— Ele deve imaginar que estamos nos armando contra ele, então pretende atacar primeiro como forma de obter vantagem já que o muro não está totalmente reconstruído. — Chaz conclui.

— E isso não é tudo. — Edward balança a cabeça em tom de negação. — Achamos um guarda morto nas celas.

— O que houve? — Angel se levanta assustada do sofá junto com o Aaron.

— Caitlin fugiu. — Trevor bufa. — Pelo o quê pareceu, ela aproveitou o momento em que o guarda foi levar comida a ela para fugir.

— Isso quer dizer que Jeremy está a caminho e temos uma psicopata solta aqui dentro de casa? — Eu abro a boca chocada.

Tem como piorar?

COLD BLOOD [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora