P.O.V Mikael
Levei aquele verme, que ousou tocar no meu Ômega, até a garagem e voltei para dentro.
– Meu bem, estou indo ao galpão. Quer ir junto?
– Uhum – Noah responde e a gente sai abraçado.
O levo até a garagem e abro a porta do carro para ele.
– Cadê o...
– No porta malas. Não se preocupe. Ele está sedado. Dormindo como um anjo – ele sorri e se encosta no banco.
Fomos até o galpão e, quando chegamos, tirei o verme de dentro do porta malas. O joguei no chão e escolhi arrastá-lo mesmo.
A gente entrou e Noah se sentou em uma cadeira, não muito longe de mim.
– Amarrem – mando e dois dos meus homens obedecem.
Peguei um balde d'água e deixei ao lado de uma cadeira, de frente para esse homem.
Jogo a água nele e o vejo acordando.
– Bom dia, Bela Adormecida! – O cumprimento sorrindo e ele olha de um lado para o outro.
Ele para ao ver Noah sentado um pouco mais distante, porém ainda o olhando.
– Ômega bonito, não é? – Me viro e vejo meu grudinho passando uma mão em seu ventre. – Esse Ômega lindo é meu... e você ousou tocar nele.
– Eu o quê?
– Achou que ele não ia me contar? Deveria ter aprendido com o primeiro que ousou tocar nele. Lembra o que eu fiz, não lembra?
Me levanto e vou até Noah, que me olha, mas continua sentado.
– Eu vou ser rápido dessa vez. Okay?
– Pode demorar – ele diz e boceja.
– Não, raposinha. Você já está quase dormindo. Eu prefiro perder meu tempo dormindo ao seu lado, que ficar aqui, nesse lugar quente, com esse desgraçado.
– Então tá – ele segura minhas mãos e se levanta.
Soltei as mãos dele e fui até a mesa de armas. Peguei uma adaga e fui até o filho da puta.
– Não! Não. Me solta – ele começa a se debater e eu rio dele.
– Pode rogar para qual santo você quiser, mas eu não te deixo sair daqui vivo – digo e acerto a adaga em seu peito. – Bons sonhos! – Sussurro e me levanto. – Vamos?
– Vamos – Noah me abraça e a gente anda dessa forma. – A gente pode passar uma pizzaria? Nunca fui antes.
– Claro, grudinho.
Ele se animou e parou de frente para mim, com a mão esticada.
– O que você quer? – Pergunto e o seguro pela cintura.
– Me deixa dirigir hoje? – Ele pede.
– Claro, raposinha. – Entrego a chave e ele sorri.
– Obrigado! – Noah me dá um beijo e anda animadamente até o carro.
Entramos e ele ligou o carro.
– Me fala o caminho? Eu não sei qual é – ele pede.
– Pode indo, que eu te falo. – Ele começa a dirigir.
Vou indicando o caminho até uma pizzaria perto da nossa casa e ele vai cantando a música que passava no rádio. Quando chegamos, ele ficou olhando a faixada, maravilhado.
