No dia seguinte
P.O.V Noah
Eu acordei e percebi que estava abraçando Mikael. A gente veio para a sala de cinema na parte da noite e assistimos filmes até umas três da manhã, que eu me lembre. Eu acabei dormindo nos braços dele e a gente passou a noite aqui, pelo visto.
Me levantei, destranquei a porta e saí de lá. Ele tem sido muito bom comigo e eu quero recompensar. Fui até a cozinha e decidi preparar algo para ele.
– Oh... o que está fazendo? – Vi a senhora Mary entrando.
– Café da manhã para o Mikael.
– Deixa que eu preparo – ela diz toda simpática.
– Não precisa, senhora Mary. Eu vou fazer e levar para ele. – Digo tão tranquilo quanto ela.
– Eu te ajudo. O que pretende fazer?
– Eu não sei o que ele come de manhã – digo e ela sorri para mim.
– Ele costuma acordar e tomar uma bolsa de sangue. Depois um copo de suco e alguma coisa para comer, tipo um bolo ou uma torrada – ela conta.
– Onde tem bolsa de sangue?
– No frigobar que tem no quarto dele – ela responde.
– Okay! Eu passo lá e pego.
– Prepara o suco, que eu faço um bolo. O que o senhor vai querer?
– Primeiro quero que me chame de Noah. Acho estranho ser chamado de senhor – peço e vejo ela sorrir. – O bolo pode ser de chocolate?
– Claro! – Ela concorda e começa a fazer o bolo.
Fiz um suco de maracujá e o deixei na geladeira, enquanto Mary fazia o bolo.
– Eu vou pegar uma bolsa de sangue para o Mikael – aviso e saio da cozinha.
Subi as escadas e entrei no quarto dele. Encontrei o frigobar e fui abri-lo.
Tinham duas fileiras com cinco bolsas de sangue em cada e eu peguei uma. Saí do quarto novamente e dei de cara com uma das empregadas da casa.
– O que estava fazendo aí? – Ela pergunta.
– Eu fui pegar uma bolsa de sangue para o Mikael. Não se preocupe. Não baguncei nada – digo e me afasto dela.
Desci as escadas e voltei para a cozinha. Mary estava fazendo café.
– Voltei.
– Que bom, querido! Ali está a bandeja. Pode colocar ali – ela aponta e eu vejo uma mesinha e uma bandeja sobre ela.
– Hmm. O Mikaelson já colocou o Ômega como empregado. Vejam só. E ainda reclamava – ouvir a voz de Peter me fez até ficar encolhido de medo.
Ele veio se aproximando com aquele sorriso terrível, que tanto me assustava, e eu só dei alguns passos para trás.
Antes que eu pudesse pensar em algo, Mary pegou uma frigideira e acertou na cabeça dele, o fazendo desmaiar. Deu até para ouvir o barulho, de tão forte que foi.
– Não estou com paciência hoje – ela diz alto e deixa a frigideira no fogão novamente.
– Obrigado, Mary!
– Não há de quê, querido! – Ela responde toda doce e educada.
Depois disso, Mary chamou dois seguranças e mandou que levassem Peter para a prisão, que eu nem sabia que existia aqui, e a gente ficou conversando, enquanto o bolo não ficava pronto. O forno apitou depois de uns trinta minutos de conversa.