P.O.V Mikael
Esse deve ser o desgraçado que quer possuir Noah.
– O que quer com o Noah? – Pergunto indo para cima dele.
– Não se preocupe. Não irei machucá-lo. O Noah é o único que pode me libertar e eu gosto de ter minha liberdade – ele responde.
– Sei como funciona. Vai usá-lo para matar, torturar e fazer outras atrocidades.
– Não vou. Confie em mim. Se quiser saber como me matar, basta morder o corpo que eu habito. Eu sou apenas uma parte do Noah, assim como a Kitty é apenas uma parte do Stiles. Ainda não conhecem o lobo adormecido deles. Eu não posso continuar no controle desse corpo se o lobo assumir e, se você me morder, eu morro ou fico adormecido por, no mínimo, um milênio. – Ele conta.
– E por que está me falando isso?
– Prometi ao Noah que iria te informar sobre como me matar, caso precise – ele responde.
– Estarei de olho em você.
– Tá bom... quando iremos buscar minhas filhas mesmo?
– Assim que planejarmos uma forma de encontrar Esther.
Me sento no sofá novamente e começo a pensar onde aquela lunática quer que eu a encontre.
Vejo Noah... ou melhor, Void, se sentar ao meu lado.
– O Henrik estava com elas?
– Sim – respondo e suspiro.
Henrik...
– Porra, é isso! Te amo! – Dou um beijo na raposa ao meu lado e me levanto.
– O quê? – Freya questiona.
– Aquela vadia quer que a gente a encontre naquele lugar que aconteciam as festas. Foi em uma dessas festas que a gente se conheceu – digo e escuto um rosnado vindo de trás de mim.
– A pessoa não é a mesma, mas o ciúme sim, aparentemente – Klaus diz sorrindo.
– Vamos atrás dela hoje à noite – aviso.
Eles se dividiram e acabou que ficamos eu e Noah na sala.
– O que foi? – Ele estava com os braços cruzados e com a cara fechada.
– Nada – ele responde no mesmo instante.
Rio e o abraço.
– Até você é ciumento, Void? – O provoco e recebo um tapa em seguida.
– Para de me provocar – ele manda.
Rio e o puxo para meu colo, o deixando de lado.
– Desde quando eu te dei motivos para ter ciúmes?
– Você lembra o lugar onde conheceu aquela nojenta, que sequestrou nossos filhos – ele responde baixo, com um bico enorme nos lábios.
Sorrio e dou um beijo em sua bochecha.
– Apenas me lembro, raposinha. Eu não sinto nada por aquela desgraçada – afirmo e ele deita a cabeça em meu ombro.
– Vou ter que matar ela para saber se é verdade – ele diz e eu rio alto.
Ele se levanta do meu colo e se deita no sofá.
– Quer dormir um pouco?
– O Noah está inquieto. Eu não consigo dormir se ele estiver acordado.
Fico acariciando seus cabelos e ele acaba pegando no sono, mesmo dizendo não conseguir dormir.
– Não consegue dormir, né? – Me levanto e o pego no colo.
