Capítulo 62

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P.O.V Mikael

Esse deve ser o desgraçado que quer possuir Noah.

– O que quer com o Noah? – Pergunto indo para cima dele.

– Não se preocupe. Não irei machucá-lo. O Noah é o único que pode me libertar e eu gosto de ter minha liberdade – ele responde.

– Sei como funciona. Vai usá-lo para matar, torturar e fazer outras atrocidades.

– Não vou. Confie em mim. Se quiser saber como me matar, basta morder o corpo que eu habito. Eu sou apenas uma parte do Noah, assim como a Kitty é apenas uma parte do Stiles. Ainda não conhecem o lobo adormecido deles. Eu não posso continuar no controle desse corpo se o lobo assumir e, se você me morder, eu morro ou fico adormecido por, no mínimo, um milênio. – Ele conta.

– E por que está me falando isso?

– Prometi ao Noah que iria te informar sobre como me matar, caso precise – ele responde.

– Estarei de olho em você.

– Tá bom... quando iremos buscar minhas filhas mesmo?

– Assim que planejarmos uma forma de encontrar Esther.

Me sento no sofá novamente e começo a pensar onde aquela lunática quer que eu a encontre.

Vejo Noah... ou melhor, Void, se sentar ao meu lado.

– O Henrik estava com elas?

– Sim – respondo e suspiro.

Henrik...

– Porra, é isso! Te amo! – Dou um beijo na raposa ao meu lado e me levanto.

– O quê? – Freya questiona.

– Aquela vadia quer que a gente a encontre naquele lugar que aconteciam as festas. Foi em uma dessas festas que a gente se conheceu – digo e escuto um rosnado vindo de trás de mim.

– A pessoa não é a mesma, mas o ciúme sim, aparentemente – Klaus diz sorrindo.

– Vamos atrás dela hoje à noite – aviso.

Eles se dividiram e acabou que ficamos eu e Noah na sala.

– O que foi? – Ele estava com os braços cruzados e com a cara fechada.

– Nada – ele responde no mesmo instante.

Rio e o abraço.

– Até você é ciumento, Void? – O provoco e recebo um tapa em seguida.

– Para de me provocar – ele manda.

Rio e o puxo para meu colo, o deixando de lado.

– Desde quando eu te dei motivos para ter ciúmes?

– Você lembra o lugar onde conheceu aquela nojenta, que sequestrou nossos filhos – ele responde baixo, com um bico enorme nos lábios.

Sorrio e dou um beijo em sua bochecha.

– Apenas me lembro, raposinha. Eu não sinto nada por aquela desgraçada – afirmo e ele deita a cabeça em meu ombro.

– Vou ter que matar ela para saber se é verdade – ele diz e eu rio alto.

Ele se levanta do meu colo e se deita no sofá.

– Quer dormir um pouco?

– O Noah está inquieto. Eu não consigo dormir se ele estiver acordado.

Fico acariciando seus cabelos e ele acaba pegando no sono, mesmo dizendo não conseguir dormir.

– Não consegue dormir, né? – Me levanto e o pego no colo.

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