Capítulo 44

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P.O.V Noah

Claro. Muito claro.

Pisco algumas vezes, antes de abrir os olhos de uma vez.

– Noah? Que bom que acordou.

– Oi, Freya. – Como de costume, levo uma mão até minha barriga e me assusto ao não sentir nada. – Freya...

– Calma. Está tudo bem. Tenho que te contar uma coisa.

– O quê? – Me desespero, já pensando que era uma notícia ruim.

– Você entrou em trabalho de parto e, por sorte, eu já tinha separado tudo. Se acontecesse algo, estaríamos prontos... e aconteceu. Agora temos uma questão.

– Freya, você está me deixando nervoso.

– Bom, você me disse que, se fosse uma menininha, queria que ela se chamasse Sophie. Agora precisamos pensar em um outro nome.

– É um menino? – Pergunto e abro um sorriso.

– Não... são duas meninas, Noah – ela conta sorrindo.

– Duas... meninas? – Me sento com um pouco de dificuldade e ela se aproxima.

– Devagar... – me sento e Freya se senta ao meu lado. – Elas terão que ficar aqui mais um mês.

– O quê? Por quê?

– Bebês prematuros precisam de observação. Muitos ficam até três meses de observação. Elas estão bem. Estão sendo muito bem cuidadas e meu pai está garantindo que elas vão ficar bem.

Sorrio e me empolgo ao perceber que ela disse que eu tenho duas filhas.

– Eu quero vê-las. Posso?

– Vou perguntar as enfermeiras – ela diz.

– Cadê o Mikael, o Stiles e o Pierre?

– Foram atrás do... seu pai – ela responde.

Tremi um pouco e ela percebeu.

– Tá tudo bem. Já volto – Freya se levanta e vai até a porta.

Rebekah e Marcel entram no quarto também.

– Oi, Noah. Ficamos preocupados – Bekah diz e se aproxima. – Na hora que o Pierre me ligou, pedindo para trazer as suas coisas e dos bebês, nossa... eu quase surtei.

Sorrio e ela se senta.

– Com licença – uma enfermeira entra com duas incubadoras e eu sinto vontade de chorar em ver aqueles dois seres tão pequenos e perfeitos.

– Meu Deus! – Me sento com as duas pernas para fora da cama e estico as mãos para frente. – Eu... eu posso pegá-las no colo?

– Claro, mas... por pouco tempo. Elas podem pegar alguma bactéria se ficarem expostas por muito tempo.

– Não vai demorar. Eu só quero pegá-las um pouco – digo.

A enfermeira pegou uma delas e a colocou em meu colo com todo cuidado do mundo.

– Oi, minha princesinha! – Sorrio e seguro sua mãozinha.

A minha pequena resmunga um pouco e aperta meu dedo.

Fiquei bem pouco tempo com ela, até que a enfermeira a pegou novamente.

Pego minha outra filha e sorrio novamente.

– Você e sua irmã são tão lindas, princesinha – sinto meu rosto se molhando com lágrimas e a entrego para a enfermeira de volta. – Cuida delas, por favor.

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