P.O.V Stiles
Quando Kat foi até Caroline com o desfibrilador, senti o cheiro do desespero dela.
– Sabe qual a utilidade desse pequeno objeto? – Ela questiona.
– Uh... salvar a vida de alguém que perdeu os batimentos cardíacos – Liam responde sorrindo.
– Também, mas sabia que se eu fizer isso... – ela pressiona o objeto nos seios de Caroline, que solta um grito –, ela pode até morrer, porque o coração vai acelerar.
– Sua desgraçada! – Caroline grita com Kit, que ri.
– Vão contar a história desde o início?
As duas permanecem em silêncio.
– Tá bom – Kit se aproxima de Emma e pressiona o objeto em seus seios, a fazendo gritar.
– Para. Eu falo. Eu falo. – Emma diz desesperada.
– Fraca! – Kat nega com a cabeça algumas vezes.
– Fala – meu pai manda.
– Tem meses que eu quero o Klaus. Eu me apaixonei por ele e eu não vou desistir. A Katherine me fez uma proposta de me juntar a ela e acabar com esse desgraçado que entrou na vida dele e me privou de ter o que eu quero – ela diz irritada comigo. – Eu aceitei e não me arrependo. Aquela garota também... ela entrou na vida dele e ele começou a me tratar de forma hostil. Eu fiquei com tanto ódio daquela garotinha nojenta, que pensei em matá-la no mesmo momento em que a vi no colo de Caroline. Esses dois me atrapalham desde o momento em que apareceram na minha vida. O Pierre se esqueceu de quem eu sou. Ele só deu atenção para esses dois infelizes, que não tinham onde cair mortos. Eu queria que eles sofressem tanto quanto eu – ela diz irritada.
Pierre se aproxima e se abaixa na frente dela.
– Acha que eu fiz isso? Acha que eu te deixei de lado?
– Claro que deixou. Você parou de falar sobre as revistas comigo, não me chamava para nenhuma propaganda. Você se afastou e mudou comigo, Pierre.
– Eu estava planejando uma coisa para você, garota ingrata. Eu estava afastado porque precisava planejar a carreira deles e preparar para você viajar pela Europa. Acha que eu não fiz isso na sua época? Quando você era nova, também recebeu atenção extra, por ter que aprender a trabalhar com isso. Você é uma grande decepção, Emma. – Pierre diz e parecia chateado de verdade.
– Vai me levar para a Europa?
– Não. O mais longe que você vai agora é um cemitério – ele diz e se afasta.
Meu pai e eu nos aproximamos e abraçamos Pierre, que sorriu e depositou um beijo nos cabelos de cada um.
– Gatinho, vai ficar? – Pierre pergunta para mim.
– Sim.
– Vou deixar seu pai em casa com as meninas e vou cuidar deles – ele diz.
Meu pai se despede de todos e vai embora com Pierre.
– Seu desgraçado! Você me paga – Emma começa a gritar e se debater na cadeira, com muita raiva direcionada a mim.
Me aproximo dela e me abaixo de frente para ela.
– Você sequestrou minha filha. Você tentou matar uma criança de dez meses, por inveja. Você é uma doente, e eu quero dizer uma coisa para você, Emma – a encaro e vejo que seu olhar ficou ainda mais furioso, assim como Caroline –, ele é meu. Você queria uma prova que a gente se amava e que ele jamais ficaria com você? Aqui está a prova – viro meu pescoço de lado e coloco meus cabelos para trás, mostrando a recente marca da mordida de Klaus.
As duas rosnaram extremamente irritadas.
– Ele jamais terá qualquer coisa com vocês – digo intercalando meu olhar entre elas.
– Acha que é o único que teve alguma coisa com ele? – Caroline me provoca rindo. – Acha que eu não conheço cada canto daquele corpo? Acha que eu não sei como agradar ele?
– Eu tenho certeza que você não sabe agradá-lo. Se soubesse, ainda estaria com ele – digo e escuto uma risada baixa. – Bom... jamais direi sobre essas coisas na frente de duas crianças, meu pai, meus irmãos e meu enteado, que é mais velho que eu, mas acredite, querida... eu sei bem como agradar aquele homem.
– E como – Nick comenta do fundo.
Fico com um pouco de vergonha, mas não abaixo minha cabeça.
– Quanto a vocês... que tenham uma boa morte... que seja bem lenta e bem dolorosa – desejo e me afasto delas.
Me aproximo de Klaus e Hope e os abraço.
Emma e Caroline estão, no momento, de frente para Kit, que estava com um punhal em cada mão.
– Alguém vai querer uma tortura ou eu posso acabar com isso? – Ela questiona.
– Só uma coisinha – Malia diz e se aproxima das três.
Ela dá um belo de um soco na cara de Emma, que grunhi de dor.
Ela faz o mesmo com Caroline e se afasta das duas.
– Isso foi por mexerem com meu irmão e minha sobrinha – ela diz. – Agora pode.
Kat sorri para Malia e se reaproxima das duas vadias.
– Não se preocupem. Estou piedosa hoje – ela diz e passa um punhal na garganta de Caroline, de ponta a ponta, a fazendo morrer ali. – A morte vai ser um pouco mais rápida.
Emma começou a gritar muito quando KitKat se aproximou dela.
– Te encontro no Inferno, vadia! – Kat diz e corta o pescoço de Emma.
– Isso é nojento! – Henrik comenta.
– Sabemos. Vamos indo? – Mikael chama.
Todos concordam com ele e a gente vai embora.
– Amor...
Ele para de andar e me olha.
– O que foi? – Ele acaricia meu rosto e beija a ponta do meu nariz.
– Desculpa por... por ter feito aquilo – peço e ele sorri.
– Gatinho, não precisa pedir desculpa. Você fez o que podia para salvar a nossa filha. Eu deveria agradecer você, por passar por cima dos seus medos e conseguir fazer isso para ajudá-la – ele diz e eu o abraço.
— Não está com raiva? – Pergunto surpreso.
– Claro que não, baixinho – ele me dá um beijo nos cabelos e eu fico aliviado. – Vamos. Quero ficar o dia todo com a nossa pequena no colo e vou pedir pizza para a gente.
Sorrio animado e o sigo para o carro.
Fomos o caminho todo rindo e conversando, e ele me fazia carinho nos cabelos, assim como fazia com Hope.
Foi um caminho muito animado e eu estava feliz em ter a minha princesinha no colo.