Acordo

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MON

- Vem Mon, aqui é o refeitório, almoçamos aqui todos os dias. - Nop apontou para entrada, o lugar parecia mais um restaurante de tão chique.

- Nossa, aqui é lindo. Toda escola é linda.

- É sim, tudo bem organizado.

- Mas só tem maluco. - Dei uma risada.

- De fato. - Ele sorriu também.

- Pena que você não é o meu receptor, você é um ótimo guia. - Dei um empurrão de leve no seu ombro. - Porem faz sentido, não poderíamos ficar no mesmo quarto. - fiz um biquinho desanimado.

- Como assim? - Franziu o cenho.

- Já que os receptores tem que ficar no mesmo dormitório dos seus calouros, seria impossível você ser o meu. Homens e mulheres não podem dividir o quarto. - Disse bufando, eu ainda estava em negação por ter que dividir o quarto com aquela idiota.

- Ah claro, como eu pude esquecer desse pequeno detalhe. - Ele ainda franzia o cenho, e me olhava de um modo estranho. - Mon, me diga uma coisa.

- Claro.

- Você divide o quarto com a Samanun, né?

- É sim, como sabe? - Agora eu franzia o cenho.

- Nita. - Ele riu. - Ela estava na porta, esperando Samanun.

- Ah, verdade. - Dei de ombros.

- Ela é sua receptora então?

- Infelizmente.

- E ela te disse que receptores e calouros dividem o mesmo quarto?

- Sim. Mas quantas perguntas em. Estou em um interrogatório? - Respondi rindo, o rapaz estava empenhado em saber mais sobre mim.

- Me desculpe. - Ele sorriu sem graça. - Senta aqui, vou pegar nossa comida. - Nop arrastou a cadeira para que eu me sentasse, era uma verdadeiro cavalheiro, será que eu iria conhecer mais pessoas simpáticas aqui?

Quando ele chegou na mesa com as bandejas e as apoiou sobre a madeira, uma voz o chamou.

- Nooooop. - Se aproximou de nós, e ambos se abraçaram em um cumprimento intimo.

- Heng meu amigo. Que saudade cara.

- Saudade também, irmão. Como foi as férias? Comeu quantas nas viagens?

- Heng... - Nop Esticou a fala curvando a cabeça para mim.

- Ah, mil perdões. E você é? - Falou estendendo a mão, e eu a apertei.

- Eu sou, Mon. E você é Heng certo? - Soltei um risinho tímido para o rapaz.

- Isso mesmo. - Ele também me parecia simpático. - Posso? - Apontou para cadeira, fazendo menção em sentar conosco.

- Claro amigo. Senta ai. - Nop se adiantou, antes que eu pudesse dizer algo

- vou pegar minha bandeja. - Heng saiu em direção as ilhas para buscar sua comida também.

- E então, Mon. Me diga, o que seus pais fazem? - O interrogatório pelo jeito iria continuar.

- Hm... - Eu precisava dar um resposta convincente o bastante.

- O que? - Nop arregalou os olhos, como se tivesse feito a pergunta errada. E de fato, essa perguntava eu imaginava demorar mais tempo para responde-la.

- Eu não tenho eles comigo mais. - Disse firme, ele precisava acreditar.

- Me desculpe, Mon, eu não queria... - Fomos interrompidos pelo seu amigo Heng, que voltou a mesa, e para minha infelicidade, trazendo a idiota, com a namorada junto.

A herança - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora