Hétero

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E ai guys, como vocês estão? Atualização vai demorar um pouquinho mais esses dias, não abandonei a fic, estou com pouco tempo devido ao trabalho, peço um pouco de paciência, sei que tem bastante pessoas lendo e gostando, mas esses dias realmente tem sido corridos na minha empresa.

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MON

— Então isso quer dizer que não aconteceu nada? — Murmurou sorrindo com olhos fechados e a testa sob a minha.

— Heng e eu... — Não consegui concluir minha fala, Samanun me empurrou bruscamente, se afastando de mim. 

— Não, não, não, não... — Colocou as mãos no cabelo, desesperadamente. — Abre a porta Mon... — Disse ofegante. 

— O que foi Sam? Não foi bom? — Questionei assustada. Quando nos beijamos anteriormente, Sam não me parecia desesperada, não houve a mesma reação, me assustei com essa atitude repentina.

— O Heng Mon. Heng é meu amigo, não posso fazer isso com ele. Abre por favor. — Explicava tateando o trinco da porta. Suas palavras me fizeram sentir uma pontinha de remorso.

— Calma... — Tentei acalma-la, em vão. 

— Abre a porta. — Disse firme, trincando o maxilar. Retirei a chave que ainda estava no meu bolso e abri a porta, saímos juntas e ofegantes, por conta do calor que nos consumia ali dentro. Colocamos o pé para fora e demos dois passos, ouvimos um pigarreio. Com as mãos espalmadas no tórax pelo susto, nos viramos bruscamente com medo de quem fosse. — O Oi... N Nam... — Sam gaguejava,  e eu pude notar seu rosto ficando pálido. Nam estava escorada na parede, ao lado do batente da porta. — E Eu... — Apontou para a porta atrás de nós. — Tava só... — Não conhecia muito bem Samanun, mas também nunca havia a visto tão nervosa, nem quando a peguei dando um amasso em Nita. — A A Gente... — Engoliu seco. — E Eu tava ajudando a Mon... — Eu realmente fiquei ansiosa para saber a desculpa que ela inventaria. Definitivamente segurei o riso, estava tão fofa. — A procurar uma coisa... né? — Me cutucou com o cotovelo para que eu a ajudasse na sua pequena mentira.                  
— C Claro... — Toda minha vontade de ri foi embora, eu era tão ruim de desculpas, quanto a mulher ao meu lado. — Tava procurando aquele negocio... — Cutuquei Samanun de volta para que ela concluisse.

— Isso... — Sorriu amarelo, passando a mão na nuca. — Aquilo lá né, Mon? — Devolveu a cutucada me desesperando.

— É, Sam... — O suor respingava em meu rosto. — Aquilo... — A cutuquei pela ultima vez. 

— O livro. — Disse firme, sorrindo para mim. — O livro que o professor nos pediu. — Parecia satisfeita pela desculpa consistente. No entanto, nada consistente. 

— Ah... — Nam sorriu cinicamente. — Estavam procurando um livro... — Alargou os lábios ainda mais ao passar os olhos na sala de onde saímos. — No armário de limpeza da escola. — Concluiu nos fazendo congelar. — Pois então... — Deu de ombros. — O professor me pediu para ver como vocês estavam, disse que a Mon estava passando mal e precisava de ar, pediu para que eu conferisse se não havia acontecido nada mais grave. — Concluiu nos fazendo aceitar a derrota, fomos pegas no flagra. — Mas a Mon me parece muito bem, julgando pela boca vermelha. — Toquei os meus lábios inconscientemente. — Só que você, querida amiga, tá mais pálida que defunto. É mesmo a Mon que tá passando mal? — Finalizou checando suas próprias unhas, arriscaria dizer que ela estava satisfeita com a nossa cara de tacho. 

— T Tem razão. — Desviei meu olhar para Sam, pedindo aos deuses para que ela ficasse de boca fechada. — Vou beber água. —  Me aliviei relaxando os ombros quando ela fez menção em sair. 

A herança - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora