Seja minha

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E amigos, aviso importante:

Eu nunca pedi para vocês ouvirem nenhuma música, em nenhum capítulo da fic, mas, esse cap eu queria muito que vocês lessem com a música que eu vou fixar.

É a música que me inspirou em momentos delas, falas e até história, então acho importante colocá-lo aqui. É literalmente, a tradução de quem elas são e o que elas passam e sentem.
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MON

— Vamos entrar no lago? — Digo, vendo Samanun enfiar um pedaço enorme de melancia na boca. — A melancia não vai sair correndo não, viu?

Sam parece estar incrédula com a minha brincadeira. O que me deixa feliz, por finalmente estar acessando um nível de intimidade maior, com ela.

Ao terminar de mastigar com dificuldades, me olha como se estivesse pensando em algo, importante.

— Eu nunca entrei. — Disse simples.

— Para tudo tem a primeira vez.

Por um breve momento, eu havia esquecido o medo que Sam tem de água, todavia, o olhar amedrontado que ela me lança, permite que eu lembre dos nossos momentos, na piscina.

— Entra você, eu fico aqui olhando.

— Não, vem comigo.

Eu queria que ela entrasse, sentia que era de suma importância estar mais perto.

Senti a necessidade de mostrá-la, não deveria guardar algo lindo, que crescia no meu coração.

— Mon, eu tenho medo. — Sam diz, com o timbre embargado, era notável a vergonha por ter medo de uma ação, tão simplória.

- Eu vou te segurar. - Digo, passando uma confiança maior na voz. - Como a segurei, nas outras vezes.

Eu sabia bem o peso dessas palavras, não era uma referência das vezes que entramos na piscina juntas, era uma afirmação comprometedora.

Soava como, um juramento de vida.

Sam sentia-se insegura, no entanto, traçando a meta de fazê-la desejar mergulhar também, comecei a me despir, deixando somente as peças íntimas presas ao meu corpo.

Num impulso calculado, pulei de ponta, na água cristalina e transparente.

Ao encontrar o ar da superfície, pude notar Samamun se livrando das suas roupas também.

Um calafrio subiu por toda minha espinha, em contemplar o corpo alinhado da mulher à minha frente.

Cruzei meus braços na madeira robusta do deck, que se mesclava com o lago, fitando-a com carinho.

— Você vai vir. — Digo, tentando não transparecer o nervosismo que exala por cada partícula, de mim.

Estava inquieta, sabia que tudo que aconteceria daqui para frente, mudaria todo o contexto de vida eu havia experenciado, mudaria todos os meus planos, e incluiria alguém que eu teria de cuidar, e entregar todo amor que meu coração estava disposto a produzir.

A herança - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora