Korkamon havia ficado imóvel, na porta do refeitório.
Samanun sem muito o que fazer, tentou consolá-la.
— Mon, podemos ir à cafeteria, você não precisa ficar perto dele. — Sam disse, afagando as mãos geladas, da mulher ao seu lado, que poderia ser equiparada à uma estatueta.
Com a má circulação sanguínea no seu corpo, Mon tentava vagamente, se lembrar da noite em que o rapaz havia sumido.
Quase que em vão, começou a ter flashes, da mão grossa e forte, a segurando, e da sua boca nojenta, tentando beijá-la, a força.
E todo esforço que tinha feito, durante os dias que se passaram, para se manter forte e centrada, se esvaíram, somente com a presença de Nop, a sua frente.
Sem ao menos se aproximar do rapaz, seu corpo se enrijeceu, a visão do seu globo se enturvou, e seus sentidos corporais, não respondiam aos comandos enviados pelo seu cérebro.
Era como se um transe de correntes, fortes, pesadas e grossas, tivessem a possuído.
— S Sam... — Ela tenta dizer, sem muito sucesso.
Seu corpo aos poucos começa a ceder à essa prisão, fraquejando lentamente. Sendo puxada de forma magnetiva, pela força da gravidade, suas pernas falham.
Samanun sem ter tempo para raciocinar, a segura em seus braços, chamando pelo seu nome insistentemente, como se ela fosse responder.
Não obtendo resposta, ela carrega o corpo de Korkamon, para fora do refeitório.
Sentando-a desacordada num banco rígido de concreto, Sam desfere batidas contidas na lateral do seu rosto.
Percebendo que aos poucos a mulher a sua frente começa a reagir, segura sua face delicadamente, até que os olhos amarronzados, se abrem, lentamente, mesclando-se ao seus, marejados pelas lágrimas teimosas em caírem.
— Oi... — Sam diz, sorrindo fraco.
— Ele voltou. — Mon a responde, com sua voz embargando-se, mais do que o normal.
— Fica tranquila, não o deixarei se aproximar de você. — Samanun a afirma, passando-lhe toda a segurança, que existe no mais profundo, das suas cordas vocais.
— S Sam... eu... -—Kornkamon gagueja, tentando achar dentro de si palavras. No entanto, elas não saem.
— Shhhh. — A mulher em pé a sua frente, lhe abraça, a confortando.
— O que está fazendo, Samanun? — Nita pergunta, se aproximando de ambas, avistando sorrateiramente a imagem da sua namorada, abraçando outra.
Assim que Samanun, se vira para afrontá-la, percebe o homem que tanto abomina, ao seu lado.
Sentindo que Korkamon se estremece, abaixo do seu corpo, lhe aperta, ainda mais forte, contra si, tentando mostrar proteção, a garota que está em prantos, nos seus braços.
— O que ele tá fazendo aqui? — Sam questiona, sem muito se importar com os alunos que cochicham ao redor delas, querendo conseguir alguma fofoca, para vender a grande mídia.
— Ele estuda aqui?! Huh? — O tom debochado da voz de sua namorada, emerge um sensação de ódio e desprezo, dentro do seu tórax.
Flashback onNoite pós festa
— Entra nesse carro logo, Nop, caralho. —Disse Nita, o jogando bruscamente, contra o couro rígido, do banco traseiro do seu veículo prateado. — Você está ensanguentado.
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A herança - MonSam
FanfictionSamanun é filha de um dos mais renomados empresários do país. Egocêntrica, grossa, insuportável e tudo que há de desprezível. Namorada de Nita, que também é filha de um grande empresário. Um relacionamento baseado em fins comerciais, ou não. Moram...