A herança - MonSam

Amor verdadeiro?

NARRADOR

Flashback on

Dois anos e meio atrás

Mesmo sendo contrariados pelo pai de Nita, ambos continuaram a se encontrar às escondidas.

Estavam dispostos a fazer esse relacionamento, dar certo. O amor venceria tudo e todos.

Durante as madrugadas, ela fugia de casa, e o garoto, a esperava no mesmo local.

Havia um bosque lindo e florido perto da casa do Jensen's. Se lamentavam todos os dias, por não poderem contemplar a beleza do lugar, pelo breu que engolia a paisagem.

Nita andava com bastante cautela pela trilha estreita, com todo cuidado para não pisar nos galhos soltos, que repousavam na maciez da terra amarronzada. Não queria chamar atenção dos possíveis animais que habitavam, naquela natureza.

Concentrada o bastante em suas pegadas, não percebeu que já estava perto do lago, que tanto amava.

Se assustou, quando uma sombra masculinizada, saiu de modo certeiro por trás de um enorme tronco, digitalizando o seu corpo esbelto e sadio.

Nita proferiu um grito agudo, sendo interrompido por uma palma quente e áspera, em seus lábios.

— Ei, sou eu. — Nop murmurou no ouvido da namorada, ele também havia se assustado com o grito repentino.

Percebendo que ela estava se acalmando ao ouvir a sua voz, a soltou de maneira delicada e carinhosa.

— Nunca mais faça isso... Seu... — Disse, desferindo leves tapas, na pele pouco musculosa do braço de Nop.

Nita somente fingiu estar brava, na verdade, estava com saudades.

— Prometo. — Respondeu Nop, tateando a extensão da cintura de sua namorada. -—Mas quero beijinho. — Protuberou seus lábios em um bico, quase que, perfeito.

Nita se sentiu acolhida nos braços que a seguravam, e selou amorosamente, a boca que amava beijar.

— Tenho algo para você, venha. — Disse Nop, se desvencilhando do abraço. Entendeu a mão para que ela a segurasse.

Andando alguns metros, entrelaçados, chegaram a beira do lago.

Descansando sob uma pilha de fenos amarelados, havia um lindo buquê de rosas.

— O que é isso? — Ela questionou.

Não estava surpresa, afinal de contas, Nop sempre fora um cavalheiro.

— É para o amor da minha vida.

— Uau! Você sempre consegue se superar.