NARRADOR
Kornkamon subiu as escadas apressadamente, da mesma forma que havia descido. O fluxo de pessoas estava agitado por conta do horário do jantar, no entanto, ela pouco se importou de esbarrar nas pessoas, outras situações eram prioridades da pequena, no momento.
Ao chegar no quarto, parou na entrada e suspirou profundamente.
Estava feliz, e era incontrolável.
Todavia, não queria demonstrar sua alegria a mulher que estava prestes a reencontrar novamente. Queria agir da forma mais normal, possível.
Girou a maçaneta metálica lentamente, e empurrou a madeira robusta da porta, em passos curtos e trêmulos, entrou.
Sem muito inspecionar o ambiente, apoiou a mão direita na mesa circular e admitiu sua derrota.
— É... ela não me esperou. — Murmurou abaixando a cabeça e meneando-a em negação.
Um silêncio ensurdecedor dominou o local.
Cerca de três minutos depois, ainda na mesma posição ouviu passos.
— Por favor, logo a pessoa que mais recebe ordens nessa vida, ousaria a desobedecer o seu pedido tão... carinhoso?!
Era a voz dela, ela estava lá, porém, devido ao seu estado afoito, não conseguiu vê-la, reencostada ao lado da porta.
Não era como se pudéssemos julgar Mon. Samanun ficou em um ângulo em que a porta quando fosse aberta, não poderia ser vista.
Kornkamon ficou imóvel, ainda não acreditava, que ela havia a esperado.
— Aonde estava? Porque não a vi? — questionou, sem virar para olha-lá.
— Bem atrás de você.
Sabendo que dessa vez havia sido pega, sorriu em segredo e virou-se para Sam, fazendo esforço para não transparecer em seus lábios, a felicidade.
— Podemos jantar? — Questionou Mon, com um tom sugestivo.
— Não só podemos, como iremos. — Sam respondeu, também sugestivamente.
— Pela sua cara...
— Exato! Fiz uma reserva para nós, no meu restaurante favorito. — Samanun aproximou-se, em passos lentos.
— Como... — Antes que Korkamon pudesse questionar, Sam a interrompeu.
— Enquanto você descia. Anuntrakul... se esqueceu?!
Mon fez mais um esforço fora do comum, para não revirar os olhos ao ouvir esse sobrenome, que tanto a enojava.
— Claro. - Disse ela, lembrando-se rapidamente que não poderia. — Digo... — Arrastou sua voz, tomando o devido cuidado para explicar-se a Samanun, de maneira com que ela não interpretasse errado. — Você é uma figura pública, certamente haverá paparazzi's atrás de um clique seu... e eu...
— Tudo bem, eu entendi, não está acostumada. — Disse Sam, pacientemente, entendendo aonde Kornkamon chegaria.
— Isso. Podemos jantar por aqui mesmo? — A questionou.
— Claro. Me espere aqui. — Disse Sam, a pedindo a mesma coisa que Mon havia pedido mais cedo.
Samanun desceu as escadas, e se redirecionou à encontrar uma funcionária da escola, uma velha e boa amiga.
— Srta. Fang... Srta. Fang... — Ela gritou, assim que avistou a mulher no final do corredor.
Ao ouvir seu nome ser berrado, a Srta. Fang olhou para trás e viu a aluna correr em sua direção.
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A herança - MonSam
FanfictionSamanun é filha de um dos mais renomados empresários do país. Egocêntrica, grossa, insuportável e tudo que há de desprezível. Namorada de Nita, que também é filha de um grande empresário. Um relacionamento baseado em fins comerciais, ou não. Moram...