O começo

1.5K 259 103
                                    

All you ready? O cap daquele jeito hoje, e por favor, deixem as considerações finais. 😌
___________________________________________

MON

Estava com tanta saudade da mamãe, que ficamos a tarde inteira jogando conversa fora.

O melhor de tudo isso, é saber que não houve nenhuma desconfiança da parte dela, e por falta disso, eu poderia fazer as coisas da minha maneira, sem interferências.

Ao chegar na escola, estendi passos rápidos direto para o dormitório, precisava avisar Samanun de que, nosso jantar ainda estava de pé, e eu adoraria passar um tempo ao seu lado, afinal, eu precisaria dessas interações, para conhece-la de verdade. Todavia, no meio do caminho para o quarto, esbarrei em uma pessoa um tanto quanto, peculiar.

— Ah, oi Tee... — Digo, já sabendo exatamente aonde eu queria chegar, precisava tentar, uma última vez.

— Oi, Monzinha. — Ela fala, não tendo a mínima ideia do rumo que esse diálogo, tomará.

— Podemos conversar? — Meu questionamento, faz uma expressão de curiosidade formar em sua feição, no entanto, não transpareço que, eu já li suas expressões.

— Claro. — Um sorriso travesso se forma no seus lábios, nada convidativos. Sei que depois do sumisso de Nop, a mulher a frente tem certos desejos, quanto a mim.

Porém, não é algo recíproco.

Caminhamos até o extenso pátio do colégio, um dos meus lugares favoritos aqui. É calmo e tranquilo, as árvores são robustas e cheias de folhas, algumas contém frutos, muito gostosos. Os bancos amadeirados dão um charme ao ambiente, o tornando confortável.

— Você não é tão próxima de Samanun e Nita, certo? — A questiono, no mesmo momento em que nos sentamos, eu não estava afim de perder muito tempo nesse diálogo.

Tee não é alguém que me passava boas energias, e isso me fazia manter certa distância.

— Não muito... — Ela arrasta a voz, demonstrando estar incomodada com minha pergunta. — Eu achei que havia me chamado aqui para outras coisas... — Seus olhos que divagavam pela natureza que nos cerca, agora encontram o meu rosto, e a mulher se remexe para mais perto de mim, fazendo uma insinuação nojenta.

— Pare. — Digo firme, trazendo ao interior das minhas sobrancelhas, um vinco expressivo. — Eu te chamei aqui, para uma única e exclusiva coisa, e passa completamente longe do que a sua cabeça esteja pensando. — Ela demonstra ter entendido minha repreensão, se afasta contendo a mão teimosa que estava pronta para tatear minha perna direita.

— Eu sou mais próxima do, Nop. — Tee diz, e eu percebo que ela assumiu outra postura, entendendo que se trata de um diálogo sério, e não um flerte idiota.

— Bom, o que eu quero saber, talvez tenha a ver com o seu amigo também, mas ainda não sei. — Não consigo a olhar, ambas temos nossas visões presas ao horizonte.

— Não sei se te darei a resposta que você quer, mas você pode tentar. — Ela diz, com a voz presunçosa, o bastante para me irritar deliberadamente.

— Então imagino que saiba qual é o meu questionamento.

— Talvez. — A frieza da mulher ao meu lado, deixava a interação mais tensa, o conforto que o ambiente trazia, era dissipado pela presença sombria que Tee emanava.

— O que houve entre Samanun e Yuki? — A pergunto, sem dar voltas e enrolação.

Eu já tinha chegado até aqui, não havia motivos para me acorvadar agora, mesmo que ela fosse uma pessoa amedrontadora.

A herança - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora