Treachery of Ravens; Murder of Crows (Tradução)

Capítulo 57 : Sirius Black

A barragem havia realmente rompido entre Sirius e Snape. Agora que eles fizeram sexo uma vez, a atração visceral entre eles sempre que estavam juntos na mesma sala era avassaladora.

Sirius foi incapaz de ignorar isso; incapaz de desviar o olhar.

A maneira como Severus mudava de peso quando se movia, a maneira como ele usava seus dedos pecaminosamente longos para prender uma mecha perdida de cabelo preto atrás da orelha, a maneira como seus olhos de ébano se iluminavam em conjunto com o puxão suave no canto de sua boca pouco antes de ele dizer algo sarcástico e hilário, cada pequena coisa sobre o homem fazia Sirius querer cair de costas ou de joelhos e abrir sua alma para esse homem que ele uma vez considerou seu inimigo.

Ele estava mal.

Severus também sabia disso, aproveitando ao máximo para provocar Sirius sempre que eles não estavam sozinhos e então puxando-o para um quarto isolado sempre que podiam, para cumprir todas as promessas que ele fazia.

Estava deixando Sirius paranóico que todos os outros que frequentavam Grimmauld Place notassem e se perguntassem sobre os lábios perpetuamente rachados de Sirius, sua voz sempre áspera e a leve pontada que parecia nunca deixá-lo enquanto ele andava e se sentava. Que ele passou a usar camisas trouxas largas e excessivamente longas sobre os jeans ou até mesmo vestes de bruxo completas em sua própria casa, pelo bem das crianças que viviam sob seu teto.

Algo sobre hoje foi diferente, no entanto. Severus estava distraído. Ele estava chateado, embora fizesse um trabalho admirável em esconder isso. Sirius tinha certeza de que ele era a única pessoa que notou.

"O que está errado?" ele perguntou sem preâmbulos no momento em que ficaram a sós.

"Merlin, você é perspicaz quando quer." Severus disse em um resmungo que Sirius teria interpretado como uma reclamação algumas semanas atrás.

Sirius encolheu os ombros e se esticou para dar um beijo rápido em Severus. “Você não é tão misterioso quanto finge ser, Severus Snape. Sério, o que há de errado?”

Severus olhou ao redor, despertando o interesse de Sirius. “Não quero falar sobre isso aqui. Escute, eu tenho um... amigo que hoje está lendo poesia em um café trouxa. Junte-se a mim?"

Sirius assentiu. “Parece um pouco exagerado, mas sim, tudo bem. Eu preciso mudar?”

Severus revirou os olhos. "Você parece suficientemente corpulento para se encaixar perfeitamente. Vamos."

Sirius mostrou-lhe o dedo do meio, mas permitiu que Severus aparatasse-os para fora de sua prisão sombria em uma casa e para um beco aleatório de Londres.

“O café é por aqui.”

"Espere." Sirius disse, puxando o braço de Severus. “Estamos fora de casa agora. Fale comigo."

“É... eu não sei como dizer isso, Black. Deixar Harry com os Dursley neste verão já foi ruim o suficiente, mas isso... Tudo bem, estou me adiantando. Fui recentemente a Gringotes para ter certeza de que minhas finanças estão em ordem caso algo aconteça. Hogwarts me paga bem o suficiente para me sentir confortável e nunca tive dependentes, então nunca me preocupei com minhas finanças assim antes, mas quero todo o dinheiro que me resta para apoiar a causa certa quando eu partir.”

“Sempre acreditei que minha mãe e eu éramos irrevogavelmente rejeitados pela família Prince, mas descobri que sou elegível para o título de ‘Senhor Príncipe’ se me declarar formalmente.”

Sirius franziu a testa. “Isso é bom… não é?”

Severo suspirou. “Não é tudo. Também posso me declarar padrinho de um querido e velho amigo meu. Acontece que sempre fui elegível, mas de alguma forma nunca fui informado desta opção.”