21. Lexa

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Satisfeita, Clarke sorriu quando seus olhos vidrados encontraram os meus. Por um segundo, reavaliei a ideia. Então ela tirou minha calça e se aproximou. Meu pau estava convenientemente localizado na mesma altura de seu rosto. Ela passou a língua pela cabeça.

- Puta que... Você não tem ideia...

- Ideia do quê? - Ela passou a língua de novo.

- Do que você faz comigo. Você usou esse vestido o dia todo, toda bonitinha e inocente. Aí começou com a punheta, as meias e agora isso. Como é que eu vou dizer não para você?

- E por que dizer não?

Ela envolveu meu pau com os lábios. O calor molhado de sua boca era um
contraste bem-vindo ao ar frio da garagem. Não estava tão gelado ali quanto lá fora.

Clarke soltou um suspiro desejoso enquanto sua língua se enroscava na cabecinha, e agarrei a porta do carro. Enquanto ela descia a boca pelo meu pau, eu estava ciente de que aquela era uma ideia terrivelmente ruim. Clarke podia ter sugerido aquilo, mas o dia havia sido emotivo e a deixara instável. Além disso, ela tinha tomado remédios. Uma namorada melhor teria dado um fim a tudo aquilo e a levado para casa. Eu não era essa namorada. Em vez disso, eu planejava fazer a única coisa que podia para aliviar a dor dela, mesmo que o local não fosse lá muito romântico. Segurei o rosto dela, interrompendo-a.

- Quero essa boca aqui em cima.

Ela obedeceu prontamente, abraçando meu pescoço. Eu me curvei para beijá-la, nossas línguas se unindo enquanto eu a afastava do carro e fechava a porta. A luz interna lançava um brilho pálido sobre o capô. Clarke dava gemidos curtos e agudos enquanto tentava se agarrar em mim. Segurei as coxas dela e a ergui, colocando-a sobre o capô do carro. Seu vestido se amontoou em torno da cintura, o tecido macio criando uma barreira. Vasculhei as camadas até que as ligas sexy apareceram.

O suspiro aliviado de Clarke ecoava o meu próprio. O cetim fino de sua calcinha era a única coisa que impedia a penetração imediata. Eu queria tocar ela toda, queria Clarke nua e entregue, mas estava frio demais. O vestido teria que ficar até chegarmos em casa.

Mexi o quadril, promovendo o atrito que ambos estávamos buscando. Clarke abriu alguns botões da minha camisa, mas ela estava agitada demais, as mãos muito trêmulas para conseguir abrir todos, então desistiu e foi em busca da bainha, passando a mão por baixo e subindo até meu coração.

- Não posso te perder. Preciso tanto de você que chega a doer. - A voz dela era aguda, carente.

- Eu sinto o mesmo.

Desde que Clarke voltara, eu tinha acordado incontáveis vezes no meio da noite depois de um pesadelo, procurando o corpo quente dela na cama. A cada vez que eu a encontrava, a promessa da estabilidade aliviava o medo. Nesse dia, não foi diferente. Estávamos ambas procurando uma forma de nos mantermos no presente. Subi a mão pela perna dela até o alto da coxa e a bainha de renda, passando pela extensão sexy de pele descoberta. Deslizei um dedo por baixo da liga e a segui até a calcinha, passando por baixo do elástico

- Por favor, Lexa - sussurrou ela.

Com um movimento suave, enfiei dois dedos nela. A cabeça de Clarke caiu para trás, as pernas escorregando pelo meu quadril. Ela se apoiou nos braços, a luz pálida se espalhando pelos contornos de seu rosto delicado. Havia desespero por trás do desejo dela, e eu entendia aquele sentimento bem demais. Girei os dedos e inseri mais um. Clarke ergueu o quadril, arqueando o corpo. Então levantou uma perna, levando o salto do sapato até minha coxa. Escorregou.

- Apoie o pé no carro.

A perna dela tremeu e seus pelos se arrepiaram. Ela estava mais perto do que eu imaginava.

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