Capítulo 5

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                                   Gabriel Brineli

Ceará - Brasil

   Se alguém me dissesse meses atrás que eu e meus irmãos embarcaríamos em uma viagem para o Ceará, na companhia marcante de Anitta e parte de sua família, talvez eu duvidasse da possibilidade. No entanto, ali estávamos, poucas horas após desembarcar naquele paraíso, prontos para saborear não apenas o clima encantador de praia e mar, mas também participar do grandioso evento que, em colaboração com a Fábrica, estava agendado para o final de semana.
  O que não fazia parte dos meus planos era perceber que a decisão de compartilhar uma casa com Anitta se revelaria a mais acertada, e muito menos que Duda aceitaria isso de bom grado. Surpreendendo as expectativas e nos pegando de surpresa, vencida pelo cansaço, Duda concordou, mas com uma condição: eu não deveria cair novamente nas artimanhas de Anitta.
  Uma condição que se mostrava mais desafiadora do que eu antecipara. Especialmente estando tão próxima, observando Anitta desfilar de um lado para o outro com seu biquíni minúsculo, que se encaixava perfeitamente em seu corpo escultural. Mesmo lutando contra minha própria vontade e tentando preservar todo meu autocontrole, tornava-se uma tarefa impossível não desviar o olhar. Cada movimento dela parecia desafiar a resistência que eu jurara manter.

- Que porra! - Resmungo, expressando minha frustração.

- O que foi, Brineli? - Adriel questiona, demonstrando preocupação.

- O menino Gabriel está ficando maluco com a ex dele. - Victor responde, rindo.

- Com uma ex dessa, eu não julgo. - Comenta Pablo.

- Cala boca, Pablo. - Esbravejo, não aceitando a provocação.

- , está com ciúmes? - Pablo pergunta, me provocando mais - Achei que já tivesse se acostumado com isso. Até porque, esse lance de não pegar a mulher do amigo não rola com a Anitta.

- Vai começar com isso? - Questiono, irritado - Que merda! Toda vez é esse mesmo papo.

  Movido por uma onda de irritação, levanto-me abruptamente da beira da piscina, ansiando por um breve respiro. Atravesso decididamente o amplo gramado da imponente casa, fechando-me aos chamados de Anitta que, persistente, insiste em me alcançar. Ao finalmente deter meus passos, exasperado, acabo por despejar uma resposta rude, palavras cortantes escapando de meus lábios, revelando a intensidade do turbilhão emocional que dominava aquele momento.

- Porra, o que é? -Rosno.

- Está maluco? - Ela questiona, uma interrogação marcada em sua testa - Eu só vim te chamar para jogar futevôlei com a gente.

- Não. Eu não quero jogar, não quero falar com você. - As palavras saem cortantes, e eu cuspo cada uma delas - Se possível, me deixa e esquece que eu existo.

- Que? Você é realmente muito maluco! - Ela fica estressada com minha reação - Com quem você pensa que está falando? Eu só vim...

- Eu não quero saber. - Esbravejo - Procura outra pessoa. Tem um monte de homem pagando maior pau pra você aqui.

- Pronto! Agora sei exatamente o que aconteceu. Estão enchendo a sua cabeça contra mim, e como você e Maria vão com as outras, está caindo. - Ela esbraveja, a raiva evidente em suas palavras - Tão previsível, Gabriel. Impressionante como você continua sendo mente fraca, mesmo depois de tanto tempo. Sabe o que eu acho? Que você não consegue formar uma opinião própria sem ter seus amigos para opinar sobre.

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