Capítulo 23 - Redescobrindo o amor

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Estou em casa preparando um chá para tomar após a destemida conversa com Guilherme. Meu celular vibra encima da mesa. Ayla, está me ligando.

Luna: Oi, Ayla.

Ayla: Você disse que me ligaria.

Luna: Sabia que me ligaria quando pudesse falar.

Ayla: Então sabia que o Guilherme veio me ver?

Luna: Imaginei que ele iria até você após conversar comigo.

Ayla: O que está bebendo a essa hora?

Luna: Chá, você gosta?

Ayla: Humm... eu gosto mas prefiro café. Você parece calma e tranquila, bebendo chá uma hora dessa.

Luna: Ficar nervosa não resolve nada. E não perco a compostura fácil.

Ayla: Você é adulta mesmo.

Luna: Já tive experiências piores.

Ayla: Como você supera essas coisas?

Luna: Acho que o tempo cura tudo aos poucos. Enfim, foi tudo bem com ele?

Ayla: Sim, eu estava preparada. Uma hora ou outra eu também teria que me explicar. E você? Como foi? Se sentiu mal falando com ele cara a cara?

Luna: Não tanto. Mas o Guilherme devia estar muito nervoso com você. Considerando isso, eu acho... que precisamos de mais tempo.

Ayla: Como assim?

Luna: Como vocês dois ficaram juntos por três anos, vai precisar de tempo para encerrar tudo. Um termino é como uma cicatriz. Não importa quem seja o culpado, é sempre doloroso.

Ayla: Como pode ser tão madura e sensível?

Luna: Porque já senti essa dor. Lembra o que eu disse? Não tenha pressa, não vou fugir.

Ayla: Promete?

Luna: Sim, prometo. Agora está tarde, deve descansar.

Ayla: Está bem. Termine o seu chá e vá dormir também.

Luna: Certo. Boa noite.

Ayla: Boa noite. Durma bem.

Mesmo calma meu coração ainda se sente um pouco inquieto. Estamos todos errados nesse triângulo amoroso. Deito na minha cama mas fico rolando de um lado para o outro. Minha conversa com Guilherme assombra meus pensamentos na madrugada.

Dias depois.

Eu e Ayla decidimos por conta própria ficar separadas uma da outra até que a poeira abaixasse para colocarmos nossos pensamentos no lugar. Hoje, finalmente iremos nos encontrar. Mas antes de sair de casa preparo meu café da manhã com a visita da Letícia.

Le: Não dá pra acreditar que a amiga dela mora no seu prédio. Você é sempre sortuda com as mulheres.

Luna: Tem certeza?

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