Capítulo 4 - Você é a mais bonita

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Estamos todos na pizzaria sentados em volta da mesa, uns se divertindo, outros conversando sem parar. E nós, nós duas estamos novamente sentadas uma de frente para a outra. Disfarçadamente desviamos nossos olhares toda vez que eles se encontram na mesa.

Guilherme: Obrigado por terem me convidado. Me diverti muito durante o jogo. Sei que vocês são mais novos que eu, mas farei meu melhor como mais velho. Sendo do time rival ou não. Farei o meu melhor.

Ele levanta o copo para brindar, seu semblante mostra uma felicidade verdadeira. Todos nós brindamos em alegria.

Guilherme: Obrigada pessoal!

João: Bem-vindo!

Le: Bom te ter! Vamos comemorar!

Pedro: Bem-vindo irmão!

Guilherme: Obrigado!

Luna: Bem-vindo!

Ayla, deixa seus talheres caírem, é inevitável conseguir se agachar já que a mesa está rodeada de pessoas. Há outros talheres limpos embrulhados perto de mim. Ela ergue o braço na pretensão de chamar o garçom para pedir novos talheres, mas sou mais rápida pegando um par disfarçadamente e colocando do lado do prato dela. Ela me encara em silêncio fazendo com que eu evite contato visual e me coloque impulsivamente no meio da conversa dos outros para disfarçar.

Luna: Acho que você precisa treinar muito!

João: Você acha mesmo?

Luna: Sim!

Le: Seu pulso não está mesmo doendo? Foi uma baita atingida.

Luna: Estou bem!

Meu celular toca no meio da conversa, devo me retirar para não atrapalhar o jantar. Sempre que saiu com meus amigos a minha sobrinha mais nova me liga para dizer boa noite.

Está ventando aqui fora, os ventos da primavera costumam ser frios iguais os ventos do inverno. Escuto passos de alguém vindo.

Ayla: Com licença...

Luna: Tem que comer muito para ficar forte. Então por que comeu tão pouco?

Ayla, passa na minha frente com a cabeça cabisbaixa. Pego no braço dela tentando impedi-lá de entrar no banheiro. Ela se assusta com o meu toque.

Luna: Tem gente, digo, tem gente no banheiro.

Ela não diz nada, o que me faz ficar com vergonha pelo impedimento rápido. Disfarço voltando para a conversa no telefone.

Luna: O que disse Júlia? Eu não ouvi, diga de novo. Hoje não posso chegar mais cedo, vou te ver amanhã de tarde. Prometo. Se bebi? Claro que não. Não é mentira. Você deve dormir agora, nos vemos amanhã. Boa noite!

A ligação termina, fico esperando por Ayla do lado de fora em frente ao banheiro. É perigoso ela voltar sozinha, sempre tem um bêbado ousado por perto.

Ayla: Por que ainda está aqui?

Luna: Acabei de terminar a ligação.

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