Capítulo 33 - Primeira vez

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Depois de deixar o Guilherme sozinho após uma longa conversa, caminho de apé até em casa. Quando levanto meu rosto que estava olhando para o chão, avisto Ayla sentada no banco em frente a área de lazer do meu prédio. Corro rapidamente em sua direção, ela se levanta do banco e me olha com espanto quando me aproximo.

Luna: Ayla! Você está bem? Eu me preocupei, não conseguia falar com você.

Ayla: O que aconteceu com você? Com o seu rosto? Foi o Guilherme que fez isso, não é?

Luna: Não é nada. Você está bem?

Ayla: Como não é nada? Como pode se preocupar comigo agora? Não está brava? Você é tão boba! Deveria estar brava comigo. Sou sua namorada, mas fico magoando você e escondendo tantas coisas. Sempre faço você se sentir só. Então... fique brava, discuta, brigue comigo!

Ela altera a voz me chamando a atenção enquanto lágrimas caem desesperadamente de seu rosto rosado. A palma de sua mão treme apoiada com delicadeza no meu rosto encima do machucado. Aproximo meu corpo do dela e a abraço forte na tentativa de quem sabe assim acalma-lá.

Luna: Está bem. A partir de agora farei isso, então não fique brava. Agora vamos entrar, quero tomar banho.

Entramos no prédio, tomo um banho e quando saiu do banheiro sou surpreendida com ela chegando por trás de mim envolvendo seus braços ao meu redor.

Ayla: Te solto se você não estiver mais brava comigo. Se estiver, conversamos assim.

Luna: O que você fez de errado?

Ayla: Não te contei.

Luna: Eu encontrei o Guilherme no hospital sem te contar.

Ayla: É verdade. Eu não sou a única que errou.

Ela me solta vindo para frente de mim e abaixa a cabeça quando nossos olhares se cruzam.

Luna: Levante a cabeça, você não fez nada de errado. Só pensou em me contar no seu tempo.

Ayla: Não queria esconder de você. Agora... vem cá, vamos cuidar desse machucado. Você tem pomada?

Luna: Eu tenho uma caixa de primeiros socorros básicos. Está dentro do armário.

Ayla: Acho que sei aonde ela está, eu já vi ela aqui antes. Achei.

Ela pega a pomada e um cotonete no banheiro, chega perto de mim aproximando o corpo do meu e estirando o braço passando a pomada no machucado. Está ardendo mas ela toca o cotonete com leveza, é como se estivesse cuidando do ferimento de uma criança.

Luna: Quer café?

Ayla: Tomei cerveja na casa da Lana enquanto te esperava.

Luna: Você bebeu tão cedo numa segunda-feira antes do almoço?

Ayla: Estávamos nervosas e ansiosas. Ficamos te esperando mas você nunca aparecia.

Luna: Quer tomar outra?

Ayla: E você?

Luna: Preciso te levar em casa. Não posso beber.

Ayla: Vou dormir aqui!

Ela se senta na cadeira e pega a latinha de cerveja, tão naturalmente que chego a me assustar com suas palavras afirmativas.

Ayla: O que foi? Não posso?

Luna: Não é que não possa.

Ayla: Então por quê? Aposto que o seu coração está acelerado e você vai desmaiar se realmente eu dormir aqui. Ok, eu durmo na casa da Lana.

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