Ayla, coloca a folha na porta da geladeira como havia ordenado. Nos sentamos no tapete do chão da sala para conversarmos um pouco no intuito de atualizar as nossas vidas quando estávamos separadas.
Ayla: Minha mãe decidiu dar uma chance para nosso namoro, claro, foi um choque extremo para ela no começo. Mas olhando agora de outro ponto de vista, o problema é meu pai. Minha mãe já não me preocupa tanto.
Luna: Ela pode não demonstrar, mas a decisão certamente foi difícil para ela. Vai ser ainda pior para seu pai aceitar. Agora que você voltou pra mim eu não quero que apressamos as coisas.
Ayla: Esse não é o caso. Não se trata só de nós duas. É que eu detesto te fazer parecer a vilã do nosso relacionamento.
Luna: Dizer que isso não me afetou é mentira, mas, ainda assim, de modo algum feriu o meu orgulho.
Ayla: Como você fica tão tranquila sem a aprovação da minha família?
Luna: Por sua causa. Você me aprova. O que foi? Não me achou sincera?
Ayla: Acho que você é sincera. É, tem razão a gente se aprovando já é o suficiente.
Coloco a mão no rosto da Ayla e a outra mão deslizo pegando na sua cintura. Começamos a nos beijar aqui mesmo nessa luz baixa da sala. Ayla, vem pra cima de mim se sentando no meu colo.
Ayla: Eu senti sua falta, demais.
Luna: Eu também senti a sua. Pensei que não iria mais te ver.
Ayla: Tentei pedir um tempo na intenção de colocar meus pensamentos no lugar sobre nós duas mas cada vez que eu pensava em você mais eu sentia falta da sua voz, seu toque, suas gracinhas, seu abraço e principalmente, do quanto você me fazia ser a mulher mais amada do mundo. A saudade que eu sentia de você fazia o ódio diminuir daquela noite em que você estava bêbada.
Luna: Sinto muito ter feito você passar por um momento difícil, eu assumo que fui sem noção. Não vai mais acontecer.
Ayla: Promete? Por favor!
Luna: Sim, eu prometo amor.
Damos um abraço apertado como se não nos víssemos por um ano. Sentir seu toque e sua respiração no mesmo círculo que eu está sendo como voltar a viver.
Ayla: Vamos tomar banho juntas? Quero dormir aqui na sua casa.
Luna: E se eu não deixar?
Ayla: Você não tem escolha. Quando a gente se casar, a sua casa será minha casa e a minha casa será a sua casa. Eu só estou adiantando o processo de mandar em você haha.
Luna: Você sabe como dar uma boa resposta.
Ayla: Aprendi com você, querida. Ah! Eu já ia me esquecendo... tem uma coisa que comprei pra usar especialmente com você.
Luna: O que é?
Ayla, sai do meu colo e se levanta indo até o outro sofá, abre a bolsa dela e retira uma pequena sacola de papel com a logo de uma loja. É uma linda lingerie preta do tecido um pouco transparente.
Ayla: Gostou? Quando eu decidi ir até a biblioteca fazer as pazes com você porque eu não aguentava mais morrer de saudade, resolvi antes passar em uma loja de roupas íntimas e comprei essa lingerie perfeita pra mim. Mas aí no caminho eu lembrei do que você fez comigo estando bêbada e então eu decidi não usá-la por enquanto, vou te deixar de castigo. Ela é linda, né? Amei ela!
Luna: Espera! Você comprou uma lingerie só pra usar comigo?
Ayla: Sim! Mas será o seu castigo não me ver usá-la.
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Redescobrindo o Amor
RomanceA bibliotecária Luna e a médica Ayla se conhecem na primavera, estação em que tudo pode acontecer mesmo que o destino de uma delas já esteja traçado. Juntas elas enfrentam reações negativas e duros questionamentos por causa de seu relacionamento. �...