Capítulo 36 - Uma vida agridoce

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Ayla: O que vamos pedir para o jantar? Está a fim de quê?

Luna: Você come mais, você escolhe.

Ayla: Então eu vou pedir um monte de coisa.

Luna: Ainda falta alguns minutos para você ir embora, eu posso esperar lá fora.

Ayla: Você quis entrar aqui dentro da minha sala e agora já quer sair?

Luna: Hum... digamos que eu já consegui o que eu queria. Te beijar.

Ayla: Você é muito espertinha.

Luna: Vou esperar lá fora. Pode ficar aqui.

Ayla, que está abraçada comigo se assusta quando alguém bate na porta atrapalhando a nossa conversa. Nos distanciamos e ela abre a porta, me retiro para fora assim que a enfermeira entra. Aguardando no estacionamento avisto Guilherme caminhando na minha direção.

Luna: Ainda não se convenceu?

Guilherme: Eu já disse, não sou você. Eu aguento.

Luna: Pode voltar com a Ayla se nos separarmos mas até lá eu gostaria que parasse de nos perseguir.

Guilherme: Sei, mas eu era o noivo dela até você chegar. É claro que eu serei informado com quem ela anda e conversa aqui dentro.

Luna: Digo isso porque é a opção mais realista e menos patética. Ela vai sair aqui fora a qualquer momento.

Guilherme: Acha que tenho medo?

Luna: Eu tenho. Temo que ela descubra a verdade sobre o homem que estava noiva.

Guilherme: Pare de se achar só porque está com ela e peça para ela sair agora.

Luna: Tente machucar ela, se for capaz. Eu acabo com você.

Guilherme: É um desafio?

Luna: Tenha respeito antes de falar.

Ayla, chega com passos rápido passando por mim ficando na frente do Guilherme. Seus olhos estão cobertos de raiva e exaustão.

Ayla: Certo. Faça o que quiser, vou deixar. Encontre minha família, meus amigos aqui dentro, todos à minha volta. Me ligue quando quiser, peça para me encontrar escondida da Luna. Eu aguento tudo. Vá em frente, conte para todos que estou saindo com uma mulher.

Guilherme: O que está fazendo, Ayla? O que Luna está fazendo aqui no seu trabalho? Já estão se exibindo em público? Então não precisa eu contar nada.

Ayla: Está me vigiando? Ok, então me incomode à vontade. Vou pensar que estou pagando por te magoar, então, até ficar satisfeito, não vou te odiar. Faça o que quiser comigo até ficar farto.

Luna: Vamos embora Ayla.

Ayla: Mas deixe a Luna em paz. Se incomodá-la, farei de tudo para te impedir. Custe o que custar.

Luna: Vamos!

Pego na mão da Ayla e puxo ela para me acompanhar, deixamos Guilherme para trás cabisbaixo nos vendo ir embora.

Luna: Está tudo bem?

Ayla: Sim, está!

Luna: Você deve estar cansada, eu te acompanho até em casa.

Ayla: Amanhã é feriado... podemos sair com a Júlia. Eu estou devendo esse favor para ela.

Luna: Ela é criança, é capaz de entender quando um adulto está muito ocupado. Não se cobre tanto.

Ayla: Eu quero, quero que passemos um dia juntas. Pode aceitar?

Luna: Hum... está bem. Vamos sair amanhã.

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