Fabrício 🎱
Hugo: Ei, cara. - falou e me virei para encarar ele. - O que tá rolando entre você e a minha irmã? - engoli o seco.
Fabrício: Nada demais. - limpei a garganta. - Porque? Ela falou algo?
Hugo: Não. - semicerrou os olhos. - Escutei uns barulhos no quarto dela e pensei ter escutado seu nome. - neguei com a cabeça.
Fabrício: Tá viajando.
Hugo: É, pode ser. - disse seco. Ele suspirou e se sentou em uma cadeira.
Continuei arrumando a mercadoria que havia chegado e respirei fundo.
Eu e a Sara ainda não tínhamos contado nada para ninguém. Tava indo bem, ela gosta de mim e eu também gosto dela. E não tô nessa pra brincadeira, eu quero ela e ponto.
Mas ainda me sinto inseguro. E se o pai dela não aprovar? Claro que vou lutar por ela, mas uma hora cansa. Eu tô disposto a fazer tudo pela minha loira e sei também que ela quer isso, deixou claro na noite em que nos beijamos.
Fabrício: Nenhuma pista ainda do tal Henrique? - perguntei distraído.
Hugo tem se envolvido muito nessa história e o motivo, eu não sei. O DG achou bem estranho também, mas disse que era pela a amizade com o Ygor. Mas sei não, ele parece tá nessa pela Yara.
Também sei que a amizade dele com as meninas é forte pra caralho e porra, é de se admirar. Só que lá no fundo, eu acredito que tenha mais coisa.
Hugo: Não, cara. - respondeu. - Isso tá me deixando impaciente. - olhei pra ele. - Só quero que a Yara se livre desse pesadelo. Esse cara solto é um perigo para ela.
Fabrício: O irmão dela tá fazendo a segurança dela, não tá? - ele assentiu. - Então, pô, porque tá tão preocupado assim? Ninguém vai encostar nela.
Hugo: Eu vi, Fabrício, o jeito que o cara olhou pra ela com raiva, eu escutei o que ele disse. Eu estava com ela. - me encarou. - E ele não estava brincando.
Fabrício: Seu tio colocou todos os vapotes pra fazer a vigia do morro, ninguém entra e ninguém sai sem a autorização de alguém de confiança, esse cara não entra lá tão cedo. Relaxa, Hugo. - suspirou fundo. - É só isso, ou tá rolando algo entre vocês? - ele deu de ombros.
Hugo: Não sei. A Yara é foda pra caralho, conseguiu tudo aquilo que sempre quis e isso é de se admirar. Só que... - ele deitou na cabeça. - não sou o homem ideial pra ela. - franzi a testa. - Ela merece alguém maduro, que valorize ela, dê amor.
Fabrício: E porque você não é a pessoa certa? Tu é um menino bom, pô. Todas te adoram.
Hugo: Acho que ela só me vê assim, como um menino. Ela é mais velha, a mentalidade já é outra.
Fabrício: Tu tá estranho. - me olhou sem entender. - Cabisbaixo, impaciente, nervoso, esse não é o Hugo que conheço. - puxei uma cadeira e me sentei ao lado dele. - Tem outro bagulho acontecendo? - me encarou sério.
Hugo: Acho que meu pai não quer que eu assuma o morro.
Sabia que tinha outra coisa.
Fabrício: E por qual motivo tu acha isso? - deu de ombros.
Hugo: Ele ainda me acha novo... o que é bem irônico, já que o meu tio quer a todo custo que o Arthur assuma o morro.
Fabrício: Seu tio só não quer a filha dele no comando. - Hugo me olhou e assentiu de leve. - Por isso tá empurrando o filho.
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Donos dos Morros
RomanceSeus pais viveram grandes emoções e passaram por situações bastante conturbadas, mas conseguiram sair firmes e fortes. Os Donos dos Morros irão também passar por aventuras, conflitos familiares, amorosos e até internos. Será que eles irão ter força...