Arthur 💀
O meu pai tinha pirado em ter aceitado a Taísa e a Melina nesse tipo de missão. Mas fiquei na minha e não falei nada, se a palavra final quem da é ele, que seja assim então.
Ygor: Você sabia e não nos contou? - perguntou ao Hugo e levantei o olhar para eles.
Hugo: Não podia, cara. É a história de vida da minha mãe, da minha tia e da minha irmã, não tinha o direito sobre isso.
Engoli o seco.
Essa história foi pesada demais. Eu ainda não acredito que minha mãe e a minha tia passaram por tudo isso e hoje conseguem pôr um sorriso no rosto.
O trauma que devem ter desenvolvido, o medo, só elas sabem. Nunca entendi realmente o motivo da minha tanto fazer terapia, agora sei. Ela já havia dado uma explicação de que o pai morreu cedo e a mãe dela desprezava ela e acabou morrendo nas drogas tempo depois.
Isso já era motivo suficiente pra se tratar, mas depois dessa confissão do meu pai. Cara, eu só queria abraçar minha mãe e proteger ela de tudo.
Taísa: Arthur. - escutei ela me chamar e virei para trás. Taísa parecia mal, sua voz era de choro e franzi o cenho sem entender.
Arthur: Que foi, Taísa? - perguntei calmo e ela se aproximou de mim, me abraçando. Beijei seus cabelos e tanto o Ygor, como o Hugo, me olharam sem entender. - Calma, pô.
Taísa: Toma cuidado. - sussurrou.
Arthur: Vou tomar. - depositei outro beijo em seus cabelos. - Claro que vou. - balançou a cabeça. - O que aconteceu?
Taísa: Nada. - se separou de mim e limpou as lágrimas. - Só.. queria te dizer isso. Essa missão é.. arriscada. - assenti.
Arthur: Vou me cuidar, tá? Precisa ficar assim não, irmã. - limpei uma lágrima sua que caia. - Calma.
Tubarão: Oh, Arthur. - virei para trás e o vi parado atrás de mim. Ele encarou a Taísa e franziu o cenho. - Porque você tá chorando? Quem fez isso contigo? - olhou para o Ygor. - Foi você?
Ygor: Ham? Que? Não, não. - limpou a garganta. - Claro que não. - respondeu.
Porque o Ygor faria isso com a Taísa?
Cruzei os braços e meu pai se aproximou da Taísa, puxando ela para um abraço. Os dois não falaram nada, aliás, ninguém. Ficamos apenas observando os dois e por um lado, estava aliviado em ver isso. Meu pai e a Taísa nunca se deram muito bem.
Ela pareceu se acalmar com o abraço do meu pai e ele sussurrou alguma coisa em seu ouvido, ela balançou a cabeça e os dois saíram do abraço.
Tubarão: Preciso falar com você. - me olhou e assenti. - Vem, na minha sala, agora. - se virou e começou a andar. Suspirei fundo e caminhei atrás dele.
Tubarão entrou na sala primeiro e fiz o mesmo em seguida, fechei a porta antes dele pedir.
Tubarão: Filho. - o olhei. - Eu sei que aconteceram muitas coisas, algumas delas você ficou decepcionado, e não tiro tua razão, tá certo. Mas eu me arrependo. A maioria delas não foi por querer e sim porque era preciso, queria que você, suas irmãs e sua mãe ficassem longe de mim, porque assim estariam seguros das ameaças. Só que analisando agora, eu destruí a família que tanto amo. - se sentou na cadeira dele e suspirei. - Vocês são os meus bens mais preciosos e não sou nada sem vocês ao meu lado. Estraguei tudo com sua mãe, com a Taísa, com você. - passou a mão no rosto. - Eu não quis fazer aquilo com o Fabrício.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Donos dos Morros
RomanceSeus pais viveram grandes emoções e passaram por situações bastante conturbadas, mas conseguiram sair firmes e fortes. Os Donos dos Morros irão também passar por aventuras, conflitos familiares, amorosos e até internos. Será que eles irão ter força...