Capítulo 23

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Luan 💸

Carmela: Meu filho. - chorou em cima do caixão do Frajola. - Diz que isso é mentira, por favor. Volta, meu filho, volta! - suplicava e engoli o seco.

O irmão mais velho do Frajola, segurou a mãe nos braços e a levou para fora da igreja. Olhei para a Giulia que estava ao meu lado e ela deitou a cabeça no meu ombro. Segurei sua mão e dei um sorriso fraco.

Eu conhecia pouco o Frajola, trabalhamos juntos por um tempo, mas nada demais. O Arthur que era mais conhecido dele. Viemos ao enterro apenas para prestar solidariedade.

A missa já havia terminado e agora o padre estava apenas jogando água benta no caixão. Toda a família dele se levantou e alguns homens levaram o caixão para fora da igreja.

Lucas: Vocês vão ao cemitério? - olhou para mim e para a Giulia.

Nós nos levantamos e continuei segurando sua mão.

Luan: Não, pai. Vou deixar a Giulia em casa. - ele assentiu.

Minha mãe se aproximou e beijou meu rosto.

Marina: Se cuida, meu filho. - assenti. - Tchau, Giulia. - beijou o rosto dela.

Giulia: Tchau, Mari. - sorriu pequeno.

Vi meus pais se distanciarem junto com os outros. Apenas o Tubarão, JK, Ygor e Arthur, não haviam comparecido ao funeral.

Puxei a Giulia para fora da igreja e começamos a subir o morro lado a lado, sem falar nada. Quando fomos chegando perto da casa onde ela estava morando, parei de caminhar. Ela me olhou sem entender.

Giulia: O que foi? - perguntou.

Luan: Você viaja amanhã. - suspirou.

Giulia: É. - me puxou para voltar a caminhar. - Mas eu já te disse que é só por alguns dias. Não vou voltar a morar lá. - acenei com a cabeça. - Eu nem quero voltar a morar lá.

Luan: Porque não? Devo ter escutado você falar que lá era cheio de homens ricos. - falei sem olhar para ela.

Giulia soltou minha mão e franziu o cenho.

Giulia: Nunca disse isso. - dei de ombros. - Você está inventando coisas.

Luan: Talvez não.

Já havíamos chegado a casa dela. Estava de todas as formas, tentando esquecer dessa viagem dela, mas não tinha como.

Giulia se tornou muito importante para mim. Alguém com quem me identifiquei bastante e que as coisas com ela se tornaram leve. Estava aprendendo a lidar comigo mesmo depois que ela entrou na minha vida.

Estava tudo dando certo, estávamos bem e do nada, o pai dela propõem essa viagem. Filho da puta do caralho.

Giulia: Ah, Luan, qual é? Deixa disso, de agir com indiferença comigo. Vão ser só três dias de viagem. - a olhei.

Luan: E se não for? - me olhou confusa. - E se você não quiser voltar mais?

Giulia: Isso não vai acontecer.

Luan: E quem garante?

Giulia: Eu, Luan, eu garanto. Minha palavra para você não basta? - limpei a garganta. - É por isso que você está estranho? Tá com medo de que eu fique lá?

Luan: É, Giulia, é isso sim. Eu tô com medo de te perder pra um playboy da sua classe, caralho. - cruzou os braços e me olhou por alguns instantes.

Donos dos MorrosOnde histórias criam vida. Descubra agora