Donos dos Morros

Capítulo 51

Hugo ⛓️

Joguei minha mochila no chão e minha mãe correu ao meu encontro, me abraçando forte.

Priscilla: Meu amor. - saiu do abraço e beijou meu rosto. - Que bom que chegou e está inteiro! - falou, após me analisar. - Tive tanto medo.

Hugo: Eu tô bem, mãe. - dei uma volta para ela ver. - Sem nenhum arranhão. - pisquei o olho. - Cadê a minha irmã?

Priscilla: Na casa da Rita. Ela fez um almoço especial para nós. - levantei uma sobrancelha.

Hugo: E a senhora não está lá porque?

Priscilla: Estava te esperando, meu amor. - ri. - Vai tomar um banho e vestir uma roupa limpa, seu pai já está lá com ela.

Hugo: Tudo bem, a senhora é quem manda. - beijei sua testa e subi as escadas rápido.

Entrei no meu quarto e fui para o banheiro. Tomei um banho rapidinho e vesti uma roupa leve.

Achei que seria bem mais difícil essa missão, mas foi coisa simples. Eu apenas fui substituindo o Leonardo, que não pôde ir por conta das filhas. Rael me deixou apenas na parte da informática, só tive que desativar alguns alarmes e ficar de olho na segurança. Até que foi bom, os caras são resenhas.

Mas ainda assim, senti medo. Nunca estive em uma missão dessas e muito menos sem ninguém da minha família. Por um lado, me senti em casa, o que foi bem estranho, porém gostei da sensação. Rael é um moleque bom e o Marcos, meio rabugento, mas é bom também. Os outros nem se fala. E ao mesmo tempo que não ligam ora nada, são responsáveis, eles sabem o que fazem e fazem sem medo. Isso foi foda de testemunhar.

Desci as escadas e peguei na mão da minha mãe. Saindo de casa, descendo andando mesmo até a casa da dona Rita. No caminho, ela foi dizendo a saudade que eu fazia e que o coroa estava tão apreensivo quanto ela.

E eu até entendo, depois de tudo que aconteceu, todo cuidado é poico. Mas o coroa tá maluco, está mais controlador, não deixa a Sara sair sozinha e nem queria que eu fosse nessa operação, só deixou porque o Rael garantiu que me devolveria vivo.

Minha mãe tocou a campainha e logo a porta foi aberta pelo Bruno.

Bruno: Opa, e aí? Entrem. - deu espaço e entramos. Cumprimentei ele com um toque de mão. - Só estava faltando vocês.

Hugo: Cadê tudo mundo? - olhei ao redor, não vendo ninguém.

Bruno: Na parte de trás da casa, pô. É só seguir direto o corredor. - apontou. - Eu vou comprar mais cerveja, vão querer alguma coisa a mais?

Priscilla: Não, estamos bem, obrigada. - disse e ele assentiu.

Bruno: Fiquem a vontade, a casa é de vocês. - falou.

Abriu a porta e saiu. Eu segui caminho com a minha mãe e ao chegarmos na área externa na casa, vi meu pai e o FW perto da churrascaria conversando. Minha irmã estava sentada em uma mesa com a dona Rita e uma menina (que não sabia quem era) e o Fabrício estava ao lado da Sara.

Rita: Vocês chegaram! - disse. Sorri sem graça quando ela se levantou e me abraçou. - Hugo, você está bem mais bonito do que eu me lembro.

Hugo: Tirando as cicatrizes, né. - sorriu sem jeito. - Obrigado pelo elogio. A senhora também está linda.

Rita: Que gentileza da sua parte. Oi, Pri. - cumprimentou minha mãe com um beijo na bochecha. - Fiquem a vontade!

Priscilla: Obrigada. - minha mãe foi até a mesa e cumprimentou o Fabrício e a menina que não sabia o nome. - Olá.