Capítulo 52

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Fabrício 🎱

A porta do escritório do DG foi aberta e nós observamos o Tubarão entrar acompanhado do Arthur e de um cara, aposto que era o da polícia.

Tubarão: Pessoal, esse é Kaike, um velho conhecido meu da polícia. - DG se levantou e apertou a mão do cara.

DG: Como vai, Kaike? Quando tempo, achei que já estivesse aposentado.

Kaike: Vou bem. - Diogo apontou para uma cadeira e ele se sentou. - E eu já estou aposentado, consegui ano passado. Mas ainda tenho meus contatos e o meu filho está trabalhando no meu lugar.

DG: Impressionante. - ele assentiu. - Mas vamos direto ao ponto. - Diogo se sentou na cadeira e se inclinou na mesa. - Três homens da minha confiança foram pegos, em especial, o filho do FW, meu sub. Preciso tirar eles o mais rápido possível de lá.

Kaike: Eles tem passagem?

FW: Não, o meu filho é ficha limpa. - respondeu e ele assentiu.

Kaike: Bom, sendo assim, o moleque vai ser liberado logo. - deu de ombros. - Vai passar uma noite lá, mas de manhã já é liberado.

Hugo: E quanto aos outros? - o olhei. - Não vão sair também?

Kaike: Se tiverem nome sujo, dificilmente irão soltar. - olhou para o Hugo, depois voltou a encarar o DG. - A não ser que... recebam algo.

Tubarão: Qual o preço deles? - Kaike deu de ombros.

Kaike: Vai depender do que está na ficha dos caras.

DG: Deve ser besteira.. porte de arma, roubo.. coisa simples, nada demais.

Kaike: Sendo assim, não é tão alto.

Tubarão: Ótimo! - disse. - Preciso que desenrole essa parada para nós, Kaike, garanto que vai ser bem recompensado.

Kaike: Fácil. Me dêem um minuto. - se levantou da cadeira e tirou o celular do bolso, indo para um lugar mais reservado da sala.

Arthur ficou ao lado do Hugo e nos olhou.

Arthur: Acham que essa é a melhor forma? - perguntou baixo.

Hugo: Porque? Você tá com medo? - ele negou.

Arthur: Não. Só acho arriscado demais trazer um deles até aqui. - sussurou.

Fabrício: Seu pai confia nele. Não iria trazer ele até aqui se não acreditasse na palavra dele. - falei no mesmo tom que ele.

Hugo: Fabrício tá certo, pô. Meu tio confia em poucas pessoas e se esse cara tá aqui, é porque já foi útil em algum momento. - Arthur suspirou.

Arthur: Ainda tenho que me acostumar com isso. - murmurou.

Hugo: Se quiser ser um bom sucessor, tem que entender que algumas alianças são necessárias. É importante atirarmos para todos os lados, principalmente, o lado dos inimigos. - assenti.

Fabrício: Não precisa depositar toda sua confiança neles, você pode se foder assim, mas precisa passar a imagem que sim, você confia no cara, isso é claro, se quiser algo em troca.

Arthur: Foda que as vezes, eu não tenho toda essa frieza. Vou mais pela emoção do que pela razão.

Hugo: Então aprenda, ou tu vai cair na primeira oportunidade. - Arthur suspirou. - Qual é, mano? Estamos do seu lado se precisar de algo, tá ligado que nós somos um só, né? - ele franziu a testa para o Hugo.

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