Capítulo 33

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Ygor ☠️

O bagulho tava tenso. Eu estava tenso, meu pai, minha mãe e minha irmã também, após a descoberta do Hugo.

Estava sentindo arrepios pelo meu corpo e a minha intuição não falha, sabia que vinha muita merda por aí.

Me levantei do sofá e minha mãe me olhou.

Tamara: Pra onde você vai?

Ygor: Na boca, preciso de mais respostas. - abri aporta e antes de fechar escutei um "toma cuidado" vindo dela.

Respirei fundo e levantei meu olhar para a janela do quarto da Taísa. Ela estava tão assustada ultimamente com tudo, nunca a vi assim. Isso partia meu coração de uma forma absurda, só queria proteger a minha mulher de tudo e todos.

Peguei meu celular, desbloqueie e não vi nenhuma mensagem sua. Mandei apenas uma perguntando se ela estava bem. Coloquei o celular de volta no bolso, andando em passos lentos até a boca.

Estava meio ansioso e com medo do que poderia ouvir. Meu pai e meus tios não estavam falando muito com a gente, apesar do Hugo já saber de tudo. Eles estavam tramando algo que não nos envolvia, ou já sabiam de alguma coisa a mais.

Era impressionante o tanto que isso me assustava. Mas não estava surpreso, era a minha irmã que estava, agora, na mira de bandidos. E com a Taísa desse jeito, agindo dessa forma, me deixava com o peito apertado mais ainda.

Soltei o ar ao entrar na boca e dei de cara com o Arthur encostado na parede, ao lado da porta do escritório do Tubarão. Me aproximei dele, que levantou o olhar para mim.

Ygor: Te disseram algo? - negou com a cabeça e bufei. - Porra, isso não pode continuar assim. Eles quiseram a gente dentro, temos que ficar cientes do que está acontecendo.

Arthur: Disse a mesma coisa ao meu pai. Se eles não vão falar nada, então porque disseram que íamos fazer parte dessa missão? - falou indignado. - Além disso, tem a minha irmã que quer cair fora. - o olhei. - Soube disso? - neguei. - Pois é e a minha mãe entrou na pilha dela, está dizendo agora que é para eu sair também.

Ygor: Devia escutar elas. - levantou uma sobrancelha. - Esse bagulho que elas estão sentindo, nunca falha.

Arthur: O que está querendo dizer? Quer que eu pule do barco também?

Ygor: Não.. mas eu confio muito nesse bagulho. Algo vai acontecer.

Arthur: Mas não ligo. Se eu morrer, vai ser por elas, para o bem delas.

Ygor: Tá ouvindo a merda que está dizendo? - o encarei. - Você não vai morrer.

Arthur: Se acontecer, foi por elas. - cocei a sobrancelha. - Não me importo de morrer.

Ygor: Tá, esquece isso. Não vou deixar nada acontecer contigo mesmo.

Porque se eu deixar, a Taísa me mata.

Arthur: Vai me proteger? - perguntou.

Pelo seu tom de voz, sabia que ele tava tirando uma com a minha cara. Revirei os olhos.

Ygor: Claro. É isso que os mais velhos fazem. - ele riu.

A porta da sala do Tubarão foi aberta, logo o meu pai e o DG saíram de lá. Os dois nos encararam.

JK: Estão fazendo o que aqui?

Arthur: Estamos querendo saber sobre o que estavam conversando. - os dois se olharam.

Donos dos MorrosOnde histórias criam vida. Descubra agora