Capítulo 18

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Sara 🌺

Desci as escadas rápido e entrei na cozinha igual o flash.

Priscilla: Bom dia. - disse sorrindo.

Sorri para ela e peguei um pedaço de bolo e mordi, mastigue rápido e engoli.

Sara: Bom dia. - respondi.

Meu pai, que tava prestando atenção no celular, levantou o olhar para mim.

DG: Come mais devagar, desse jeito vai engasgar.

Sara: Não tenho tempo. - mordi outro pedaço. - Fui dormir tarde ontem e perdi a hora. Estou muito atrasada para a facul.

DG: Quer carona?

Sara: Não precisa, o Fabrício vai me levar. - levantou uma sobrancelha. - Hugo disse que não pode e pediu ao Fabrício para ir me deixar. - dei uma desculpa.

Como eu e o Fabrício ainda não tínhamos falado para ninguém sobre nós dois, então, não dava para falar a verdade. O que era ruim para mim, sempre fui muito sincera com os meus pais e omitir informações sobre mim para eles, me deixava desconfortável.

Sara: Preciso ir. - ia me virando, mas escutei ele chamar meu nome.

DG: Sara Alves. - me virei e suspirei. - Sabe onde está sua prima?

Sara: Taísa? - assentiu. - Não. Não vi quando ela saiu ontem e não me mandou nenhuma mensagem. Talvez ela tenha ido ver a minha madrinha e acabou ficando pela Maré.

DG: É, talvez tenha sido isso. Vou perguntar a ela. - balancei a cabeça.

Sara: Agora eu preciso mesmo ir. Beijo mãe, beijo pai, amo vocês. - disse antes de sair.

Escutei um "também te amamos" vindo da minha mãe e sorri. Abri a porta de casa e me deparei com o Fabrício ali parado na moto, ele tava de cara no celular e me aproximei.

Sara: Oi. - disse e ele me olhou.

Fabrício: Oi, gata. Já ia te mandar mensagem. - virou a tela do celular para mim e mostrou a nossa conversa, onde tinha uma mensagem ainda não enviada. Ao olhar como estava salvo o meu contato, meu coração palpitou forte ao ler "minha loira". - Bora? - sorri para ele e assenti.

Sara: Bora!

Arrumei minha mochila nas costas e montei na moto. Fabrício a ligou e desceu o morro em uma velocidade tranquila.

Eu tinha certeza que a cada dia que passava, gostava mais do Fabrício e que nossos momentos juntos estavam sendo maravilhosos. Ele me entende, me deixa feliz e sei que também sente o mesmo.

Nos dávamos bem demais, desde sempre aliás, tínhamos essa ligação. Eu só não havia percebido, mas com ele me sinto bem a vontade, como nunca me senti com nenhum outro. Nos encaixamos perfeitamente e isso me deixava feliz, finalmente tinha encontrado alguém com quem me dei bem.

Como estava perdida nos meus pensamentos, nem me dei conta que já havíamos chegado a faculdade, a não ser porque a moto tinha parado. Desci e arrumei meu cabelo.

Sara: Obrigada, Fabrício. - semicerrou os olhos para mim e olhei sem entender. - O que foi?

Fabrício: Nada. - deu de ombros. - Me diz, eu fiz alguma coisa que tu não gostou? - neguei com a cabeça. - Tá estranha.

Sara: Não, eu tô normal. - suspirei. - Só estou atrasada, preciso entrar. - ele assentiu. - Tchau. - me aproximei para beijar sua bochecha e ele virou o rosto para frente, acabei dando um selinho nele.

Donos dos MorrosOnde histórias criam vida. Descubra agora