Capítulo 33- Vitória

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O badalar do sino anunciou o terror para os súditos da capital, informando que havia inúmeros soldados marchando em direção a capital, juntamente com uma frota de navios que estavam na Baía das Águas Negras. O céu estava escuro mesmo que ainda fosse manhã, anunciando uma tempestade grande que não chegaria, não a tempo de apagar o fogo que seria instalado naquela cidade.

Muitos corriam para dentro de suas casas, outros tentavam sair de perto do castelo. Eram sensatos, afinal o destino final era a enorme estrutura de pedras, que escondia um trono de espadas, que seria disputado.

Dois lados, um vencedor.

O castelo entrou em caos, a sala do conselho era inundada de dúvidas e receios, os murmúrios atravessaram as paredes, deixando o óbvio; a surpresa e o desespero.
Era óbvio que eles não esperavam um ataque direto de Rhaenyra, não tão rápido, entretanto os pretos estavam agindo de maneira ágil, o que chocou o lado verde.

Eles estavam dominando as casas, sitiando tudo, debochando na cara dos verdes que não podiam fazer nada com esses ataques de todos os lados.

E os pretos estavam tendo sucesso em sua grande maioria, apenas por causa do príncipe Aemond, que se manteve isolado em seus aposentos, se recusando a participar.

O que tornou a invasão possível e rápida, mesmo que todos estivessem estranhando essa situação, os pretos aproveitariam da vulnerabilidade da situação.
Lucerys estava mais abatido que nunca, em cima de Arrax, sobrevoando a Baía atentamente, esperando o final absoluto.

Uma fumaça preta surgiu. O ômega comandou que Arrax soltasse um rugido, informando os navios abaixo do sinal. Eles avançaram e os guardas verdes também se movimentaram, fazendo um escudo e rebatendo o avanço, afim de não deixá-los dominar o porto de Westero.

Arrax queimava, Lucerys o ajudava com a espada, batendo em algumas flechas que insistiam em tocar no ômega e no dragão.

Outro rugido surgiu, era Vermax, Jacaerys surgiu rapidamente das nuvens acima e desceu. Ele encarou rapidamente o ômega, que assentiu e então o alfa Velaryon avançou, deixando o irmão ômega ficar com a missão de manter o Porto e a Baía em seu comando.

A marcha acelerou e mais dragões apareceram, sendo Daemon e Rhaenys, lado a lado. O caos se instalou quando os dragões sobrevoaram a capital. Os cidadãos gritavam de terror e medo, correndo sem parar para longe do olho da tempestade.

Não foi rápido, na verdade, parecia estar sendo feito em câmera lente. Começou a pegar fogo nas ruas, conforme chegavam mais perto e mais soldados verdes apareciam, todos tinham um único destino: a morte.

Lucerys ficou para trás, auxiliando no domínio do Porto Real, que foi um pouco dificultoso. Ele estava sozinho com a sua frota Velaryon, ele deveria auxiliar os seus, ele já era mais Lorde de Dritfmark que qualquer um que quisesse o chamar de ilegítimo.

Quando a manhã virou tarde, Rhaenyra desceu sobre o céu, avançando junto com os seus aliados, seu dragão rugiu e os cidadãos ao longe ficaram maravilhados. Seus soldados terrestres avançaram e conseguiram dominar as ruas, havia mortos de ambos lados, entretanto o preto estava avançando.

Os cidadãos não se envolveram e não foram feridos no embate, não pelo lado dos negros. O que tornava fácil o avanço.
Afinal, qual cidadão seria louco para se envolver numa disputa entre dois monarcas?

Era pedir a morte absoluta.

Havia fogo, deixado pelos dragões e o caos estava instalado. No castelo, os serviçais caminhavam de um lado para o outro, havia gritos no salão do conselho e Aegon rosnou, cansado da discussão de seus conselheiros, ele se levantou e bufou com os murmúrios e choramingos de sua mãe.

A Besta Marinha - LUCEMONDOnde histórias criam vida. Descubra agora