Aemond
Segui minha mãe em silêncio, me relembrando dos momentos que tive minutos atrás, o clima do ambiente, o cheiro, o lábio de Lucerys que estava tão próximo a mim.
Eu prometi a mim mesmo não cair em tentação.
Eu nem deveria ter tentando uma amizade, era inevitável que não fosse chegar a este ponto.
Alicent já percebeu meu encanto, que ela e Otto continuassem a achar que era isso.
— Lorde mão — saudei assim que entrei em seus aposentos sendo seguido por minha mãe, Alicent. Avistei que Aegon estava desmaiado em uma cadeira, cheirando a álcool de longe. — O que você gostaria de mim?
— Nosso plano terá que ser o mais lento possível, até eles se mudarem — disse Otto suspirando, enquanto me encarava de cima a baixo. — Não podemos correr o risco de Viserys morrer antes da hora, você terá que se responsabilizar por isso.
— Certo, como desejarem — eu concordei, com a minha típica expressão fria. — Mais alguma coisa?
— Eu e sua mãe achamos que esse casamento vai servir para algo, afinal — disse Otto e eu arquei as sobrancelhas, não gostando do rumo do assunto.
— Rhaenyra é uma tola que nunca iria contra os próprios filhos. Faça Lucerys reconsiderar sua opinião de quem deverá se sentar no trono. Além disso, o marque e o engravide, assim fará Rhaenyra reconsiderar sobre um possível confronto.— Não acho que eu consiga fazer isso, mesmo que nós estejamos próximos, é apenas atração momentânea — eu disse seriamente, enquanto encarava Otto atentamente. — Não há como eu simplesmente engravida -lo e marca-lo.
— É bem simples meu filho — disse Alicent dando de ombro, fazendo eu a encarar sem a compreender. — Ele é todo defeituoso, apenas o estímulo para entrar num cio sem sentido e o marque.
Ou seja, estupra-lo.
Mantive minha expressão normal, apenas assentindo e logo fui dispensado. Assim que virei o corredor, eu acabei por socar a parede em minha frente, rangendo os dentes de raiva.
O poder cega as pessoas.
**
Lucerys
Eu não estava delirando certo? Aemond estava muito mais retraído e nem me encarava diretamente, era como se ele fosse o Aemond frio e distante de sempre, não o Aemond que eu conheci nesse tempo e criei uma amizade. Algo parecia muito estranho aquela noite, onde após se juntarmos com a minha família para jantarmos, fomos para o quarto e ele simplesmente ficou quieto esse tempo todo.
— Aemond sobre o que ia acontecer antes... — eu comecei por dizer, notando como ele parecia andar de um lado para o outro em busca de algum livro nas estantes e não me encarava, mesmo eu falando consigo. Bufei, já irritado. — Aemond.... AEMOND!
Acabei por gritar, irritado demais por ser ignorado, por ser deixado de lado tão visivelmente e tão de repente. Ele me encarou sem nenhuma expressão e suspirou, desviando o olhar de mim novamente.
— Eu acho que não podemos ser amigos.... — Aemond começou por dizer, porém conforme ele falava aqueles absurdos, eu me aproximava irritadiço de si. — Lucerys, não... Não torne isso mais difíceis.
Eu estava em sua frente, tão perto de si que o toquei com cuidado, eu nem tinha percebido que estava tremendo. Eu não poderia o perder novamente, não depois dele causar um mar de confusão em mim, ele era minha ruína.
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A Besta Marinha - LUCEMOND
FanfictionA tempestade era inevitável na casa Targaryen, sobretudo por conta da linhagem de sucessão, isso era um fato, uma disputa, um início de uma guerra feita por adultos que envolveram seus filhos nessa bagunça. Aemond era uma criança excluída, afinal nã...