Capítulo 25- "Eu já era seu"

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Lucerys.

Minha voz estava rouca e eu estava com o corpo dolorido, me sentindo chateado. Não é como se eu tivesse culpa ou fizesse de propósito, meu cio ainda não estava regularizado e o meistre havia me dito que demoraria para meus feromônios estarem cem por cento normais, afinal eu passei bom tempo como um beta e isso era apenas porque meu ômega estava adormecido, o que eu podia fazer se ele escolheu despertar e a me encher a paciência?

Eu não podia nem fazer nada quente com Aemond, que isso me induzia ao cio!

Que inferno!

Aemond, Aemond, que vontade de arrancar o outro olho dele, aquele infeliz, simplesmente me deixou sofrendo, sem nada.

Choraminguei ao sentir minhas coxas pegajosas e provavelmente era madrugada, o meu cheiro e sua intensidade haviam se ido, juntamente com o cio irregular.
Nessas horas, eu gostaria muito de ser um beta.

Eu me mantive encolhido na cama, sem vontade de me mexer, por mais nojento que meu corpo estivesse com tantos fluxos corporais, eu só queria dormir e esquecer dessa vergonha, de como eu gritava por Aemond, sem parar e como eu me masturbei e me penetrei com meus dedos, pensando nele.

Eu não sei se consigo encará-lo! Seja com vergonha, seja com raiva, simplesmente não dá!

— Luke? — chamou uma voz e de repente, uma mão tocou o lençol que me cobria até a cabeça, eu arregalei os olhos e me encolhi ainda mais, com vergonha. — Vou preparar um banho para você.

E ele realmente o fez, saiu do quarto e depois de alguns minutos voltou, indo para a lateral do lado coberta, ouvi o barulho da água caindo na banheira e o cheiro das ervas na água, hortelã e camomila.
Ouvi os passos atentamente e logo Aemond me tocou pelo lençol, porém não o puxou, apenas se sentou na cama enquanto eu estava encolhido na cama, acariciando o topo da minha cabeça coberta.

— Tudo bem, você está bravo— Aemond falou, como se afirmasse, o que disse, suspirou e ficou em silêncio por algum tempo, eu estava atento a sua respiração e movimentação. — Me desculpa, eu só queria que... Que nossa primeira vez não fosse pelo cio, onde você mal lembraria do que fizemos.

Aemond conseguia ser fofo? Sorri com o pensamento besta.

— Não, está tudo bem — eu disse abafado pelo lençol e rouco, me sentindo envergonhado pelo meu estado caótico. — É que... Eu realmente não estou bem.

E Aemond simplesmente puxou a coberta, se inclinando para minha surpresa e capturando meus lábios feridos, de tanto eu morder. Agora, estando tão exposto, eu não conseguia evitar de me encolher ainda mais contra mim mesmo.

Aemond captou meus lábios com tranquilidade, um simples selar e depois se afastou, arrastando seu olhar pelo meu corpo lambuzado pelo meu prazer e pela minha lubrificação.

Jurei ter ouvido um rosnado vindo dele, que se endireitou na cama como antes, sentado agora de costas para mim.

— Você realmente me enlouquece — disse Aemond ainda de costa e eu me sentei na cama, confuso. Eu nem fiz nada? — Vá para o banho antes que esfrie.

— Ah, mais eu não quero caminhar. — murmurei cansado, o cio estava acabando comigo, principalmente porque meu corpo mal se recuperava e eu estava em mais um. Isso era o pior! — Me leve no colo e me dê banho.

Sorri maldoso, percebendo como Aemond parecia estremecer sentado, o abracei por trás e deixei uma mordidinha em sua nuca, não demorou muito para ele se levantar e me puxar para o seu colo, me fazendo senti-lo duro entre minhas pernas conforme ele andava em direção a banheira.

A Besta Marinha - LUCEMONDOnde histórias criam vida. Descubra agora