A Besta Marinha - LUCEMOND

Capítulo 10 - ''Um sonho''

Lucerys

Ainda estava sendo estranho ser tão amigável com Aemond, porém aos poucos as coisas estavam se ajeitando, tomávamos café da manhã todos os dias em meu aposentos, eu recebia diariamente cartas de minha mãe e de Jacaerys, respondia eles todos os dias. Voava com Arrax sozinho, isso até Aemond se juntar a mim com Vhagar.

Estava sendo três novas semanas interessantes, mesmo que eu não tenha abaixado a guarda totalmente consigo, não havia toques, nem conversas sensíveis, apenas conversas banais, líamos em conjunto. O silêncio nos fazia bem, talvez isso que nos mantinha bem.

— Rainha Alicent  —  eu disse indo ao seu encontro, estava ensolarado o dia mais estava bem fresco, bom o bastante para ir caminhar entre a natureza e foi uma surpresa encontrar a vaca verde nos jardins reais. — Gostaria de participar do conselho.

E eu sorri falsamente, vendo como ela pareceu surpresa em eu ir ao seu encontrar, ainda mais nos jardins e tão de repente. Não que eu soubesse que ela apreciava esses ambientes, entretanto como ela gostava de manter a boa índole, tudo que ela fazia era bem pensado ao agradar sua imagem.

Eu simplesmente não conseguia ser tão cego quanto aos outros, em relação a ela.

— Lucerys, que surpresa lhe encontrar de bom humor — disse Alicent, sorrindo também falsamente e eu soltei uma pequena risadinha, tudo ao nosso redor cheirava a pura falsidade e isso tornava tudo mais incrível. — Verei com a mão e lhe informo se poderá.

— Minha querida sogra.... Sou da casa Velaryon, os interesses do conselho me cabem, não preciso de permissões, a menos que não queiram mais minhas frotas... — eu disse sorrindo, vendo como a vaca verde ficou estática, abismada com minha audácia.— Aliás, Aemond realmente está sendo um bom garotinho, o meu bom humor nem se afetou com sua presença..

Se eu sabia de algo, é que Aemond era um dos queridinhos para ela, então sorri cínico pra cacete, vendo como ela parecia se controlar, ficando com a típica cara de morta, como se estivesse entalada com algo na garganta e certamente seria insultos contra mim.

Bem, eu não ameacei ela, então não há como ter reclamações.

— Claro, informarei os horários das reuniões mais tarde.... —  disse Alicent fingindo não estar se corroendo de raiva, nisso eu até consegui sorrir verdadeiramente. Era divertido demais e ela era tão pateticamente óbvia. — Com licença, Lucerys...

E ela saiu e eu caí na gargalhada, me divertindo como a tempos não fazia. Alicent era óbvia, se importava com sua reputação e sua imagem acima de tudo, como quer apoio para si, ela nunca desrespeitaria ninguém relevante, afinal não sabíamos os dias de amanhã, não éramos Deuses, entretanto se ela pensava que teria meu apoio, ela estaria enganada.

Se era isso que Aemond queria com sua aproximação, seria uma perca para ele.

Já eu, não perderia nada....

[...]

Após visitar meu avô Viserys, que aparentava ter uma piora, eu fui para os meus aposentos ao anoitecer, escrevi para minha mãe, atualizando de forma discreta dos acontecimentos recentes e de maneira que apenas ela poderia decifrar. Não confiava em estar sozinho ali, no reino, com a clara piora de Viserys, isso me trouxe ainda mais desconfianças, pois para quem estava bem até poucas semanas, ele decaiu rapidamente. Ainda sentia que algo estava errado e como se estivessem me observando fora dos meus aposentos e isso certamente me incomodava, ainda mais quando eu ainda estava péssimo psicologicamente...