Aemond
Acho que nunca pensei que a vida poderia se tornar tão incrível como agora. Claro, não tive uma vida malfadada, sempre tive tudo que poderia querer como um príncipe, ainda sim, nunca pensei que seria tão feliz e eu era. Acordava todos os dias ao lado da pessoa que era destinada a mim, que me completava e me fazia tão feliz quanto eu o fazia, isso transformava tudo de ruim em algo belo para ser agradecido. Além de ter o amor da minha vida ao meu lado diariamente, agora havia três pequenos pirralhos para me fazer companhia e confesso que tive medo e receio, talvez algumas incertezas em relação a paternidade.
Eu sempre temi nunca ser um bom pai, afinal não queria ser alguém distante e inalcançável para meus filhos e era um medo real, enraizado dentro de mim por algum tempo, durante os meses da gravidez de Lucerys e antes mesmo dele dar a luz, eu percebi algo.
Eu já era um bom pai para Henry. Não era perfeito e bom o tempo todo e podia errar muitas vezes, ainda sim, eu era amado pelo garotinho e sabia que isso contava muito mais do que dar presentes ou ser uma imagem perfeita aos olhos dos meus filhos..
— Pai, você pode repetir? Não entendi a última parte — Henry murmurou, parecia incomodado com o fato de pedir para mim repetir a frase, mesmo que não houvesse porque. Estudar a língua valiriana requer tempo e paciência.
— Você está tão focado em seus estudos, está querendo impressionar alguém? — perguntei em um tom divertido, vendo como Henry bufou e ficou as bochechas coradas. É, acho que o conheço bem demais. — Não está pensando em um certo garotinho com cabelos brancos, certo?
— Aí, pai. De novo isso — Henry quase se bateu com o próprio livro, como se quisesse simplesmente fugir desse assunto, de novo.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a porta se abriu e meu querido ômega entrou pela mesma, parecendo radiante e completamente eufórico, segurando dois bebês inquietos.
— Amor, porque não pediu ajuda? E se eles caírem? — perguntei preocupado, me levantando rapidamente para auxiliar com os gêmeos. Peguei Rhaegon, afim de não deixá-lo segurar tanto peso.
— Ei, meus amores. — cumprimentou Lucerys sorrindo radiante, encarando a mim e Henry. — Olha isso! Daenys fala o que você me disse, filhinha.
— Pa-pa...— Daenys bateu palminhas rindo no colo do ômega.
Arregalei os olhos e Henry soltou um grito animado, logo estávamos rindo e até mesmo os bebês nos acompanharam nisso.
Não acredito que o tempo está passando tão rápido.
Parece que foi ontem que eles nasceram, mas já se passou meses.— Rhaegon! Sua vez, fala fala — o ômega parecia emanar felicidade e euforia e não era para menos.
— Fala irmãozão! Irmão! — Henry também parecia animado com a possibilidade dos gêmeos começaram a falar.
— Não, fala pai — falei rindo, apertando as pequenas bochechas do bebê em meu colo, que ria e babava com o caos que éramos.
Era isso, isso era a perfeição para mim. Minha família.
•— Estou cansado — resmungou meu ômega amado, se jogando contra a cama sem trocar suas roupas. Ele parecia realmente acabado. — Os gêmeos tem uma energia tão grande e Henry também. Ah, como estão as aulas práticas dele? Pretendo vê-los treinar, mas os gêmeos ainda podem se assustar com o barulho das lâminas e não gosto de deixá-los sozinhos por muito tempo.
Lucerys era um excelente pai e me ensinava a cada dia a melhorar. Não havia ninguém mais perfeito que ele.
Depois de deixar os gêmeos adormecidos, além de Henry, fomos para o nosso quarto afim de descansarmos. Os gêmeos ficaram no quarto de Henry por sugestão do próprio e mesmo que não quiséssemos, afinal atrapalharia o sono do nosso filho mais velho, no fim, ele venceu no argumento de que era mais perto e mais seguro.
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A Besta Marinha - LUCEMOND
FanficA tempestade era inevitável na casa Targaryen, sobretudo por conta da linhagem de sucessão, isso era um fato, uma disputa, um início de uma guerra feita por adultos que envolveram seus filhos nessa bagunça. Aemond era uma criança excluída, afinal nã...