Capítulo 18 - Maldita mulher!

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Lucerys

Eu pensei até mesmo que havia sonhado que eu fui tão burro em ir atrás de Aemond no tardar da noite, entretanto quando acordei após longas horas de dores, eu suspirei fundo.
Eu havia entrado no cio, por conta do cheiro do Aemond, o meistre dissera que era normal isso, uma vez que éramos ômega e alfa, porém eu realmente me senti envergonhado com a situação. Felizmente, eu não teria como cometer nenhuma loucura de ir novamente atrás de Aemond, pois minha mãe havia chegado junto com meus irmãos.

E claro, Jacaerys surtou.


— Você não sabe como um alfa como ele, é perigoso?! — disse meu irmão mais velho, irritadiço e eu suspirei cansado, enquanto minha mãe suspirava cansada também. — Ele podia ter te machucado! Não poderíamos contestar ou puni-lo!

— Chega, Jacaerys, vá esfriar sua cabeça — disse minha mãe séria, ordenando e logo meu irmão saiu batendo as portas, visivelmente irritado. Eu suspirei fundo, minha mãe se aproximou de mim e sentou ao meu lado na cama. — Meu doce garoto, não ligue para seu irmão. Seu ato foi realmente tolo, entretanto ele se preocupa com você demais.

— Jacaerys deveria se preocupar mais com sua futura esposa — resmunguei e depois caímos juntos na risada, era bom ter ela comigo, sua companhia era meu conforto desde sempre. — Eu não sei o que aconteceu... Não aconteceu nada demais, só... Eu precisava ir lá e vê-lo.

— Você o ama? — disse minha mãe, Rhaenyra, arregalei os olhos e me esgasguei com a saliva. Ela não sabia exatamente da nossa amizade recente. — Eu soube pela Alicent que você aprendeu muitíssimo comigo e já seduziu o filho dela.

Minha mãe parecia enojada de falar sobre Alicent e não sobre o meu relacionamento, então parecia ser bom contar a ela sobre tudo. Eu aproveitei e contei sobre nossos momentos, como duas crianças que íamos de madrugada roubar comida da cozinha do palácio, como voamos pelo céu repleto de estrelas e como eu não o temia, nem mesmo no cio..

— Eu não o amo — eu disse por fim, suspirando. Eu sabia que era confuso para quem visse de fora, pois para mim era imensamente confuso, eu não entendia! — Eu não queria ser um ômega.....

Talvez fosse por ser um ômega florescendo, por isso todos esses sentimentos e necessidades.

— Ômegas são tão fortes quanto alfas — disse Rhaenyra, minha mãe sorriu e acariciou meu rosto com cuidado e eu a encarei atentamente. — Você é perfeito, sendo um beta ou um ômega. Além disso, ser um ômega não afeta nada além do físico e de suas necessidades físicas.. Você continua sendo você.

Eu concordei, sorrindo envergonhado, pois era realmente verdade, não é como se eu tivesse mudado muito, eu não sabia se isso era ruim ou bom. No fim das contas, passou dois dias e eu não pude ir atrás de Aemond, nem sabia de notícias suas, afinal com a chegada de meus irmãos e meus pais era improvável eu ir atrás dele, ainda mais com Jacaerys na minha cola.

— Eu realmente te amo, irmão, mais quero muito socar a sua cara — eu disse bufando, enquanto ele junto com sua noiva, minha prima, ria sobre mim. — Você deveria me apoiar Baela!

— Não há como negar que vocês são um casal improvável — disse Baela, rindo como uma Lady. Ela era uma pessoa maravilhosa e eu adorava como ela conseguia domar Jacaerys. — Não ligue para seu irmão, Jace só está preocupado com o irmão apaixonado.

— Francamente! — eu disse bufando vendo ambos se encarando e rirem, como um belo casal meloso, eu diria. — Não há como isso funcionar, apenas calem a boca antes que alguém ouça.

A Besta Marinha - LUCEMONDOnde histórias criam vida. Descubra agora