Opa!
Galera esse capítulo será focado no Lucerys nesses dois anos que se passaram, vai ter alguns paralelos e cortes. Enfim, espero que gostem, fiquei muito na dúvida se deveria colocar ou não dessa forma.
Lucerys*
Demorou menos de uma semana para cair a ficha de que Aemond tinha ido embora e que a culpa era minha por estar cego de ódio e dor. O fiz pensar que o odiava quando na verdade isso era impossível.
Não havia informações sobre seu paradeiro ou planos, então eu tentei fingir. Fingi casualidade, fingi que não o esperava ansiosamente e que não chorava aos prantos. Tentei ocultar meus sentimentos, fazendo meus deveres com agilidade e vivi.Ou pensei estar vivendo.
Quando completou dois meses de sua ida, pensei que ele não voltaria mais e realmente achei sensato. Eu o magoei demais, o feri e despejei toda minha dor em cima dele, mesmo que ele não merecesse.
Eu o amava tanto e tentar o odiar me matou.
Quando voltei para capital para alguma festividade fútil da nobreza, acabei por sair para cidade escondido e disfarçado, tentando respirar adequadamente. O ar da capital era tão sufocante e tão barulhento, o que me fazia sentir falta de Dritfmark e a tranquilidade da ilha e o mar. Quando percebi estava no Porto cheio e suspirei, observando ao redor com dor. Foi ali que terminou para mim, naquele lugar que lutei tanto para defender e que ninguém sabia o que eu tinha perdido.
Um filho. Perdi um filho nesse local, tentando defender algo que era por direito de minha mãe, que foi tomado dela por mero machismo e ideais ultrapassados.
Estávamos em uma nova geração e ainda havia aqueles que não estavam contente com as mudanças.Minha mãe se mostrou uma pessoa digna de governar e todos pareciam celebrar sua imagem e seu reinado.
Quanto sangue não foi derramado por isso?
Quanto não perdemos por isso?
Quanto eu destruí por causa disso?Aemond se foi, o bebê que perdi se foi. Vivia constantemente vigiado por minha mãe e meu irmão, que temiam que eu entrasse por completo no abismo.
O abismo da solidão e da dor.
— Como ousa me roubar?! Pirralho! — ouvi vozes e sons altos, que me tiraram do meus pensamentos e me fez ir em direção daquele pequeno tumulto no cais. Poucas pessoas se importavam em prestar atenção na cena a frente, o que era normal para eles. — Vou cortar suas mãos imundas!
Era um comerciante barrigudo e nojento, cheirava a alfa e a esgoto ou talvez esse fosse seu cheiro real. Ele estava pisoteando uma criança fraca e repleta de trampos que mal cobria a pele pálida e que deixava visível os ossos de sua pequena estrutura.
Era uma criança pequena, que estava com fome e sendo prontamente maltratada e ignorada por todos, ainda sim, ele não chorava ou nada do tipo.Ele apenas aceitava aquilo e isso me fez interromper mais dos golpes do comerciante. Empurrei o alfa e isso sim chamou a atenção das pessoas.
Um ômega se intrometer não está nada bem, porém deixar um alfa matar uma criança, sim? Bando de hipócritas.
— Quem você acha que é pra se meter, seu ômega? — gritou o comerciante quase vindo para cima de mim, porém o interrompi sacando minha espada. — Hã, um ômega com espada? Acha que é muito com isso? Vou te fazer entender a diferença entre nós, seu...
Sorri e retirei o capuz, depois a capa que escondia minha roupa azul, que tinha prontamente o símbolo Velaryon costurado nas costas e a insígnia Targaryen no peito. Todo mundo parou de caminhar e a atenção caiu sob mim e a pequena briga. Sorri ainda mais quando o alfa percebeu e começou a suar frio em minha frente, vendo minha espada apontada para si de forma zombeira
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A Besta Marinha - LUCEMOND
FanfictionA tempestade era inevitável na casa Targaryen, sobretudo por conta da linhagem de sucessão, isso era um fato, uma disputa, um início de uma guerra feita por adultos que envolveram seus filhos nessa bagunça. Aemond era uma criança excluída, afinal nã...