Lucerys
Gemi ao acordar com uma dor latejante na cabeça, algo estava ao meu redor e eu vi que eram braços fortes e nus, arquei as sobrancelhas em confusão, mas logo me recordei da noite anterior e suspirei, não estava arrependido, eu sabia bem o que sentia ao acordar com Aemond sem camisa, me lembrando de como ele me tocou, e sinceramente não tinha uma grama de sentimentos ruins em mim, tampouco arrependimento.
Nossa relação aos poucos estavam evoluindo e eu já havia admitido meus próprios sentimentos em relação a ele, ele apenas não precisava saber deles e tudo ficaria bem enquanto eu pudesse esconder.
— Você está bem? — perguntou uma voz rouca em meu ouvido e eu suspirei, manhoso. Não fiz questão de sair dos braços dele, então ainda estava abraçado a ele, o cheirando. — Sei que está acordado Luke... Apenas me diga se te machuquei.
— Estou bem — eu disse ainda sem me mover, o seu cheiro me fazia suspirar e seu corpo era tão quente e confortável, tão grande... — Só uma dor de cabeça.
Tive que me afastar de si, infelizmente, porque pensar muito em seu corpo e cheiro, estava começando a me afetar mais do que deveria. Eu o encarei e ele me encarou, sua jóia dava um contraste tão misterioso em sua imagem, mesmo ao acordar, Aemond era belo e elegante.
Eu sabia que não deveria dar tantas chances a ele, tampouco me apaixonar por si, entretanto quando eu constatei que sim, eu o desejava, que eu estava apaixonado, isso foi como finalmente estar em paz e eu não sabia como lidar com isso, portanto eu faria o seguinte: não lidaria, não surtaria, não pensaria sobre.
Apenas iria levantar, me preparar e depois do nosso pequeno café da manhã na cozinha, iríamos voar até estar perto da hora do almoço. E foi isso que fizemos após as saudações matinais.
Estar voando era a coisa mais maravilhosa que poderia existir no universo, ver toda a grandeza do céu, subir além das nuvens e depois ver o mar e poder toca-lo. Arrax era jovem e animado, como eu, então sempre estávamos inventando algumas manobras doidas que só eu e ele entendia, Aemond ficava apreensivo de me ver de cabeça pra baixo em cima do dragão, mas era divertido demais, ainda mais o pavor em sua cara quando eu fazia isso.
— Às vezes eu queria sumir — disse Aemond de repente, quando estávamos sentados em uma ilha deserta. Arrax incomodava Vhagar que já por estar acostumada, apenas ignorava o pequeno dragão querendo atenção. Eu o encarei de lado e ele encarava o horizonte profundamente. — As pessoas esperam tanto de mim, Luke. Eu devo ser perfeito para todos e eu não sou, eu sou visto como uma pessoa monstruosa.
— Ei, você não é isso — eu disse sério, o puxando mais perto de mim afim dele me encarar, quando ele fez, eu continuei a dizer, ainda sério. — Você é belo Aemond, se você não é perfeito, então você é a imperfeição mais bela que há, pare de disser essas bobagens. Pelo menos comigo, eu quero apenas o Aemond.
Meu Aemond.
Sinceramente, eu sempre fui um tolo apaixonado e só percebi isto recentemente? Jace riria de mim.
E ele sorriu um pouco, ainda que parecesse triste, me puxou para um beijo singelo e eu retribui, depois o abraçando firmemente contra mim. Era esses momentos onde eu me sentia conectado com Aemond, como se eu sentisse em mim, seus sentimentos. Como uma alma só, interligadas por um sentimento de proteção e carinho.
— Há tantas coisas que eu preciso te falar — disse Aemond em um sussurro e eu arquei as sobrancelhas, ainda estávamos abraçados de lado e eu não me importei de deitar na grama e o levar comigo, o fazendo deitar em meu peito. — Não sei se consigo.
— Leve o tempo que precisar, tudo bem? — eu disse suspirando, estava realmente preocupado com Aemond, porém o pressionar não seria bom e eu não faria isso. Acariciando seus cabelos prateados, eu sorri. — Vou estar aqui para quando você estiver pronto para contar.
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A Besta Marinha - LUCEMOND
FanfictionA tempestade era inevitável na casa Targaryen, sobretudo por conta da linhagem de sucessão, isso era um fato, uma disputa, um início de uma guerra feita por adultos que envolveram seus filhos nessa bagunça. Aemond era uma criança excluída, afinal nã...