Capitulo 22 - Revelações

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AGORA

Lucerys

Acordar com uma dor de cabeça certamente foi o pior, mesmo quando eu sentia aqueles braços musculosos contra mim, ainda sim, a dor me fez sentar na cama, o que foi um grande feito considerando que eu tive que sair dos braços apertado de Aemond, este que se mantinha dormindo tranquilamente ao meu lado.

Minha garganta estava implorando por uma gota de água, por isso tive que me levantar rapidamente, além do mais, minha bexiga estava me matando também.

Depois de estar um pouco menos sedento, eu suspirei com o latejar que minha cabeça estava me causando. Eu definitivamente não deveria ter bebido muito, me lembrava vagamente da noite de ontem, das bebidas, das danças, das risadas, que foram muitas. Quando mais eu tentava me recordar, mais dor me causava.

Não bebo nunca mais.

Eu sabia que Aemond havia mudado minhas vestes e isso me causou uma sensação de vergonha, porque não sabia o que eu tinha feito e esperava que não tivesse feito nada. Não queria que a bebida fizesse coisas que eu não pudesse consertar.

Suspirei ao me sentar na cama, encarando Aemond de lado. Algo estava definitivamente mudado, em mim.

Por isso, me arrumei e saí dos aposentos o mais rápido possível, indo em direção a minha mãe, sabia que não poderia perturba muito, ainda mais com o constante cansaço que Visenyra lhe causava, porém eu precisava de alguém.

Baela parecia a menor das possibilidades, uma vez que ela deveria estar tão apagada quanto Jacaerys, além disso, Rhaena não estava ali na fortaleza. E ainda estava cedo demais, eu notei isso por conta da pouca movimentação do castelo, entretanto não foi uma surpresa ao bater na porta de minha mãe, Rhaenyra, e ser aberto por Daemon, que parecia cansado.

Vi mais ao fundo, minha mãe sentada na cama com a pequena Visenyra.

— Finalmente! Pegue sua irmã um pouco — disse Daemon me puxando para dentro e isso me fez rir. — Não me encare assim, minha vida.

Adorava como eles tinham apelidos tão.... Bregas e apaixonantes.

E eu ri ao ver minha mãe encara-lo, como se pudesse o ferir e talvez se pudesse, o teria feito. Eu me aproximei de si e já tomei Visenyra nos braços, sorrindo quando ela se aconchegou mais contra mim.

Ela era simplesmente linda. Uma mistura completa dos meus pais e eu amava como ela tinha um sorriso sem dentinhos super fofo.
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— Meu doce menino — disse minha mãe sorrindo, parecia cansada, eu sorri e me sentei ao seu lado, balançando cuidadosamente Visenyra. Ela arqueeou as sobrancelhas, me analisando. — O que está lhe incomodando?

Suspirei, porque eu definitivamente não teria essa conversa com Daemon por perto, por mais eu o amasse, eu não queria que ele soubesse dos meus sentimentos por Aemond.

— Só estava com saudades — eu disse sorrindo, sabendo que ela não engoliu bem a minha mentira, ainda sim, ela ficou quieta me encarando. — Eu gosto de vê-las, mamãe.

Sabia que usar aquele tom e os olhinhos carinhoso, era o fim para ela. Assim, ela esqueceu por hora minha confusão, fiquei por um bom tempo com ela, coloquei Visenyra dormir e ela finalmente pareceu se tranquilizar. Assim, Daemon dormiu por mais um tempo, enquanto eu e mamãe conversarmos, baixinho, como cúmplices.

E realmente era sobre coisas ruins que estávamos falando. Eu estava narrando sobre os principais pontos positivos que tinha ali, no Fortaleza Vermelha, isso incluía Alicent em boa parte da conversa, em um sentido ruim, óbvio. Meu divertimento era infernizar a vida da Rainha Verde, tanto nos corredores, no salão de jantar, quanto ao conselho.

A Besta Marinha - LUCEMONDOnde histórias criam vida. Descubra agora