A Besta Marinha - LUCEMOND

Capítulo 42- ''Os três príncipes''

Lucerys

Me sentia absolutamente completo, como se estivesse flutuando nas nuvens e bêbado do néctar mais doce de todos, como se tudo estivesse brilhando ao meu redor e estivesse num sonho tão doce quanto possível.
Era incrível saber que Aemond estava aqui, que agora ele ficaria e que nós estávamos bem, realmente bem.

Depois de dois anos tudo voltou para o lugar e agora parecia tão mágico que era impossível não estar sorrindo que nem um bobo ao encarar o alfa à minha frente.

Ainda estávamos cercados pelos livros, ainda na biblioteca, além disso, ainda estava sentado sobre ele, afinal nossos corpos pareciam imãs incapazes de ficarem longes um do outro. Não esperava menos sobre isso, pois ele me atraia como um todo, em absolutamente tudo.

Eu o amo.
Amo tanto que é impossível lembrar de qualquer mágoa, medos ou receios incertos.
Tudo se tornava certo ao lado dele.

Nossos lábios pareciam imãs, incapazes de ficarem longe um do outro. Era sensacional a sensação de tê-lo ali, comigo, me beijando e me levando à loucura. Nossos línguas se misturavam, deixando o beijo tão intenso e dominante que era impossível não gemer entre o beijo, sentindo Aemond mordiscar vez e outra meus lábios inchados de tanto beijar.

Tínhamos todo o tempo do mundo e eu só queria mais dele, mais do corpo dele e do calor,  cheiro do meu alfa e dele.
Queria Aemond por completo, sedento demais para pensar em parar.

— Eu... Te amo. — sussurrei entre o beijo, ofegante ao me separar daqueles lábios tão convidativos. Encarei Aemond, notando como este estava obviamente afetado, ainda mais que eu podia senti-lo duro abaixo de mim.

— Eu te amo. — disse Aemond sorrindo apaixonante, me deixando tão feliz que era impossível não sorrir. Era tão sexy e gentil ao mesmo tempo. — Quer casar comigo? Eu não pretendo fazer este o pedido oficial, eu vou escolher um anel e....

O beijei afoito, sentindo meus olhos cheios de lágrimas enquanto meu coração batia tão acelerado que parecia querer pular fora do meu peito. Me separei dos lábios do alfa e ri, o abraçando apertando também, chorando de felicidade.
Eu o amo.
Eu o amo tanto.
Como pude viver dois anos? Como pude mágoa-lo tanto?

— Sim, sim. — respondi entre risos e lágrimas, encarando o alfa perfeito a minha frente, que sorria e me encarava com tanta devoção e amor que era demais para aguentar. — Mil vezes sim....

*

Confesso que fiquei extasiado demais depois do pedido e que agarrei o alfa ao ponto de rebolar no colo deste, entretanto, para o meu azar, vieram nos chamar. Eles estavam loucos procurando por nós e isso foi engraçado, afinal todos perceberam que estávamos bem quando aparecemos de mãos dadas no salão de festa, que parecia mais vazio do que antes.
Bem, já era tarde e considerando tudo, era normal estarmos apenas em família no final.

Henry estava choroso, parecia que ele tinha passado por algum momento delicado no decorrer da festa, então tive que sair com ele e o acompanhar até o quarto deste. O quarto era ao lado do meu e coincidentemente no mesmo corredor do antigo quarto do Aemond, que permaneceu intocado e do mesmo jeito que o alfa deixou.

Eu entrei lá tantas vezes, sempre que vinha para a capital. Tinha tantas memórias boas e ruins, repleta de sentimentos e de nós, da nossa história.

Aemond me acompanhou, carregando Henry consigo pois o garotinho estava um tanto sonolento também, então era normal vê-lo manhoso dessa forma. Me sentia realmente feliz em vê-los ao meu lado, tão próximos.

Parecia até um sonho doce se realizando.

— Papai, conta uma história? — perguntou Henry sonolento, já deitado na cama. Me sentei na cama e percebi que Aemond fez o mesmo. — Gosto daquele dos príncipes perdidos...